A Prevent Senior pediu à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) no último dia 18 a suspensão da venda de 27 de seus planos de saúde. Na prática, isso restringe a entrada de novos clientes - quem já contratou a operadora não será afetado pela medida.
Em nota, o presidente-executivo da companhia, Fernando Parrillo, afirmou que a empresa é "vítima do sistema político" e que, por isso, decidiu focar no atendimento dos 550 mil beneficiários atuais .
Atualmente, o atendimento prestado pela operadora durante a pandemia de Covid-19 é investigado pela CPI da Câmara Municipal de São Paulo, além de ser alvo de inquéritos abertos pelo Ministério Público, Polícia Civil e Ministério Público do Trabalho. A empresa também é investigada pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo).
A ANS afirmou que a suspensão da venda dos planos passa a valer 30 dias após a solicitação, portanto, a partir do dia 18 de dezembro. Até lá, segundo a agência, a operadora não poderá negar o ingresso de nenhum novo cliente.
Segundo a ANS, a partir do prazo válido para a suspensão, a empresa não poderá negar a adesão de novos clientes "caso houver operadoras em processo de portabilidade especial ou extraordinária de carências e a Prevent Senior for opção de destino para os beneficiários dessas operadoras".
Isso significa que a Prevent não poderá recusar novos clientes vindos de operadoras com o mesmo perfil caso entrem em falência ou cujo registro seja cancelado pela ANS.
A operadora continuará a comercializar cinco planos de saúde, sendo três de contratação individual e dois coletivos.
Em nota, a empresa afirmou que havia a previsão de aumentar a carteira de clientes em 20% no próximo ano, mas, segundo Parrillo, "se tivermos uma nova onda da pandemia, este crescimento seria maior".
No primeiro ano de pandemia, a Prevent Senior teve alta de 67% nas reclamações registradas por beneficiários na ANS na comparação de 2019 e 2020. Para a operadora, o aumento é natural "em momentos de maior tensão e demanda crescente".
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