O Ministério da Saúde confirmou, nesta sexta-feira (29), a primeira morte causada pela varíola dos macacos no Brasil. De acordo com a Folha de S.Paulo, o óbito foi registrado na quinta-feira (28), na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais. A vítima era um homem de 41 anos, imunossuprimido e com comorbidades.
Antes desse anúncio, a pasta havia informado a instauração de um Centro de Operação em Emergências para acompanhar a situação epidemiológica e elaborar um plano de vacinação contra a doença. A previsão é que o país receba 50 mil doses por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Por enquanto, o Brasil não possui vacinas contra a varíola dos macacos. Segundo apuração da Folha de S.Paulo, o Governo Federal espera conseguir imunizantes para vacinar os grupos de maior risco, como profissionais da saúde, que têm contato direto com o vírus causador da monkeypox.
Até essa quinta-feira (28), o país registrava 1.066 casos confirmados da varíola dos macacos, conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os que têm mais diagnósticos positivos. Juntos, eles somavam mais de 900 infecções.
Na última quarta-feira (27), o Espírito Santo passou a investigar dois novos casos suspeitos de varíola dos macacos. Ambos em homens adultos, com idades entre 30 e 49 anos. Eles apresentaram sintomas como febre e erupções cutâneas. Atualmente, eles estão isolados e sob monitoramento.
Assim, nesta sexta-feira (29), o Estado possui quatro casos em investigação. Além de sete descartados e dois confirmados. As duas confirmações se deram no dia 14 de julho deste ano, também em homens adultos, moradores da Grande Vitória, que já se recuperaram da doença.
Apesar de ter tomado os noticiários recentemente, a varíola dos macacos foi descoberta na década de 1950, após dois surtos em colônias desses animais, que eram mantidos para pesquisas. Já o primeiro caso humano foi registrado na década de 1970, no Congo, país africano.
De acordo com informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas costumam durar entre duas e três semanas, consistindo em: febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções cutâneas, geralmente no rosto, na palma das mãos e na sola dos pés.
De maneira geral, são duas as variantes principais da doença. A mais grave delas, conhecida como "cepa do Congo", pode chegar a 10% de mortalidade. Já a outra, denominada popularmente de "cepa da África Ocidental", tem uma taxa de letalidade bem menor, próxima de 1%.
O vírus causador pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, além de objetos compartilhados. Por isso, a Anvisa sugeriu que os brasileiros usem máscaras, reforcem a higienização e façam o distanciamento social para evitar a transmissão.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta