O Procon-SP decidiu notificar a Zara do Brasil para pedir explicações sobre o caso "Zara zerou", noticiado na semana passada. De acordo com a Polícia Civil do Ceará, o auto-falante da loja Zara do shopping Iguatemi de Fortaleza anunciava a frase como um código para alertar os funcionários quando chegava algum cliente tido como suspeito, o que incluía pessoas negras, segundo a Polícia, que aponta racismo. A Zara nega.
O Procon vai solicitar informações sobre a política de treinamento que a Zara aplica aos funcionários e sobre as medidas de conscientização, prevenção, programas de diversidade, inclusão e combate a racismo e discriminação de gênero.
Também serão pedidas informações sobre segurança e vigilância que a Zara pratica na rede de lojas.
Segundo o Procon-SP, que deu prazo até quarta-feira (27) para a resposta, a varejista também deverá informar quais providências tomou em relação aos trabalhadores envolvidos no caso, além da assistência oferecida à cliente.
A polícia chegou ao sistema ao investigar o caso da delegada Ana Paula Barroso, que foi expulsa da loja da Zara na noite de 14 de setembro.
Procurada pela reportagem., a Zara afirma que não tolera qualquer tipo de discriminação e que tem a diversidade e o respeito como valores de sua cultura corporativa.
"A Zara Brasil nega a existência de um suposto 'código interno' para discriminar clientes. A Zara rechaça qualquer forma de racismo, que deve ser tratado com a máxima seriedade em todos os âmbitos", diz a empresa em nota.
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