O Ministério Público de São Paulo realiza na manhã desta segunda-feira (14) uma operação para tentar prender um grupo de criminosos ligados PCC, entre eles Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, apontado pelos serviços de inteligência do governo paulista como o número 1 da facção, ainda em liberdade.
A operação, batizada de Sharks, é realizada com apoio da Polícia Militar de todo o Estado e é considerada a maior operação realizada contra o PCC desde a remoção das lideranças para o sistema federal em fevereiro de 2019 porque tem como alvo os responsáveis pela contabilidade da facção.
Ao todo, a PM cumpre 12 mandados de prisão e 40 mandados de busca a apreensão em endereços de suspeitos de participar do bando. Esses nomes são, segundo a Promotoria, de criminosos indicados por Marco Camacho, o Marcola, chefão do PCC, para assumirem o comando da facção enquanto a cúpula permanece confinada em presídios do sistema federal.
Quatro suspeitos foram presos e um morto em confronto com policiais militares durante a tentativa de prisão. Até agora, não foi confirmada a prisão de Tuta.
A Promotoria paulista investida esse núcleo da facção desde 2018, quando foi realizada a prisão de um criminoso responsável pela finança da quadrilha e foram apreendidos agendas, celulares, notebook e uma contabilidade que indicava envio de recursos para o Paraguaia na ordem de R$ 100 milhões.
O Paraguaia é considerado um dos principais redutos do PCC na América do Sul, e destino dos chefes da quadrilha quando deixam o Brasil.
A operação foi batizada de Sharks em razão do apelido do criminoso preso em 2018 e quem deu a origem à investigação: Tubarão.
Integrantes do Ministério Público devem falar com a imprensa para passar detalhes dessa operação às 14h desta segunda (14). O responsável pela investigação é o promotor Lincoln Gakya.
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