O diretório municipal do PT em São Paulo e o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) vão apresentar uma petição ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) pedindo a abertura de um inquérito para que o ex-juiz Sergio Moro seja investigado por falsidade ideológica.
Moro, segundo eles, teria faltado com a verdade ao informar à Justiça Eleitoral, no dia 30 de março, que morava em um flat no Itaim Bibi e que, portanto, estava apto a transferir seu domicílio eleitoral, de Curitiba (PR) para a capital paulista. O endereço do local aparece no sistema como sendo o de sua residência naquela data.
O contrato com a empresa que administra o flat, no entanto, mostra que, embora o documento tenha sido assinado no dia 28 de março, a "data de início" do aluguel era o dia 1º de abril. Ou seja, no dia em que Moro dizia que morava no local, ele ainda não tinha sido ocupado.
"O contrato mostra que tudo foi feito às pressas, de forma atabalhoada", diz o advogado João Vicente Augusto Neves, que representa o PT e o deputado Padilha. "E, o mais importante: ele fez uma declaração falsa de que já morava em São Paulo no dia 30. Na verdade, Moro só poderia entrar no flat no dia seguinte", completa.
O advogado Gustavo Guedes, que representa Moro, afirma que, como a data do contrato é do dia 28, não há falsidade alguma na declaração.
"Fechado o contrato, aquele passou a ser o endereço de Sergio Moro", diz Guedes. "Ele tinha acabado de locar o imóvel, e só não tinha feito ainda a ocupação física por questões burocráticas do prédio."
O advogado tem sustentado ainda que Moro já tinha um vínculo político com São Paulo, com reuniões e inclusive equipe na cidade, atendendo a uma outra condição para solicitar a mudança de seu registro eleitoral.
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