> >
PT e União Brasil vão governar mais estados pelo país

PT e União Brasil vão governar mais estados pelo país

Ao todo, 11 siglas vão comandar estados a partir do próximo ano.

Publicado em 30 de outubro de 2022 às 20:48

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura

Os resultados do segundo turno na eleição neste domingo (30) colocaram o PT e a União Brasil como os partidos que mais governarão estados a partir de 2023, com quatro cada um.

Lançamento do Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas.Na foto: Jerônimo Rodrigues, pré-candidato do PT ao governo da Bahia.
Jerônimo Rodrigues (PT) venceu a disputa ao governo da Bahia. (Camila Souza/GOVBA)

A seguir, aparecem PSB, PSDB e MDB, com três governadores eleitos. Ao todo, 11 siglas vão comandar estados a partir do próximo ano.

O PT já havia vencido três disputas estaduais no primeiro turno e conquistou outra neste domingo, com a apertada vitória de Jerônimo Rodrigues, na Bahia. Todos os governadores petistas são do Nordeste, a exemplo do que já havia acontecido na eleição de 2018.

Quatro anos atrás também o PT havia liderado o ranking de governadores eleitos no país.

O partido de Luiz Inácio Lula da Silva perdeu a chance de liderança isolada em estados governados ao ser derrotado em São Paulo e em Sergipe no segundo turno.

A União, fusão do antigo DEM com o ex-bolsonarista PSL, venceu a eleição em dois estados, ambos com candidatos à reeleição no Norte: Amazonas, com Wilson Lima, e Rondônia, com Marcos Rocha.

O partido não apoiou o presidenciável Jair Bolsonaro, mas seus quatro governadores eleitos, sim. Perdeu em Alagoas, com a derrota de Rodrigo Cunha para o emedebista Paulo Dantas.

Antigo destaque em capilaridade regional, o MDB governará também o Distrito Federal e o Pará.

O MDB tem racha histórico entre seus líderes pelos estados. Enquanto no Sul, Sudeste e Centro-Oeste os emedebistas costumam ser mais próximos da centro-direita, no Nordeste é frequente o alinhamento com o PT nas eleições nacionais. Paulo Dantas tinha apoio petista. No Pará, o governador reeleito Helder Barbalho declarou voto em Lula no segundo turno.

Fôlego

A votação deste domingo deu algum fôlego ao PSDB, um dos partidos que mais haviam perdido espaço na eleição deste ano.

Após perder o Governo de São Paulo pela primeira vez em quase 30 anos e de ver sua bancada encolher no Congresso, o partido elegeu agora governadores em estados de três regiões diferentes: Rio Grande do Sul, com Eduardo Leite; Pernambuco, com Raquel Lyra, e Mato Grosso do Sul, com Eduardo Riedel.

O PSB foi vitorioso com três candidatos à reeleição: no Maranhão, no Espírito Santo e na Paraíba. A sigla, que despontou como força nacional nos anos 2000 e chegou a eleger seis governadores em 2010, já havia sido derrotada no primeiro turno em Pernambuco, onde tinha longa hegemonia.

O PL, alçado à condição de protagonista da política nacional desde o ingresso do presidente Bolsonaro, há um ano, vai governar dois estados.

O partido tem um histórico de priorizar eleições para o Legislativo e nunca havia vencido uma eleição para governos até este ano, com o triunfo de Cláudio Castro no Rio, no primeiro turno.

Antes, porém, já havia ocupado governos, como o de Mato Grosso, após troca de partido do então governador Blairo Maggi em 2007. Na época, se chamava PR (Partido da República). Também comandou ministérios nos governos petistas e de Michel Temer, do MDB.

Agora, no segundo turno, o PL também venceu em Santa Catarina, com Jorginho Mello. Mas foi derrotado em disputas nas quais era considerado competitivo: no Rio Grande do Sul, Rondônia e Espírito Santo.

O Republicanos vai governar Tocantins e São Paulo. Ligado à Igreja Universal, o partido esteve na órbita petista a partir de sua fundação, em 2005, até o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em 2016. À época , se chamava PRB.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais