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PT lança ofensiva para dizer que Lula nunca fechará igrejas

PT lança ofensiva para dizer que Lula nunca fechará igrejas

Coordenação da campanha reage a relatos de fake news sobre o candidato petista e lembra que ex-presidente criou a "Marcha para Jesus"

Publicado em 15 de agosto de 2022 às 15:56

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
  • Mônica Bergamo

O PT está lançando uma ofensiva para desmentir rumores de que Lula (PT) fechará igrejas evangélicas no país. Nela, o partido lembra que ele sancionou a lei da liberdade religiosa, em 2003. O ex-presidente sancionou também a lei que criou o Dia da Marcha para Jesus, em 2009, proposta pelo bispo e então senador Marcelo Crivella, da Igreja Universal do Reino de Deus.

A coordenação da campanha do ex-presidente vem recebendo relatos de diversas localidades sobre fake news espalhadas até mesmo dentro de templos afirmando que o petista perseguirá religiosos e não permitirá que elas sigam funcionando. Há inclusive áudios de pastores que espalharam a notícia falsa sobre o ex-presidente em pregação a seus fiéis.

Lula PT
Campanha de Lula age para combater notícias falsas espalhadas por pastores. (Ricardo Stuckert / PT)

A plataforma "Verdade na Rede", criada pelo PT, confeccionou uma peça visual que mostra o ex-presidente com as mãos unidas sob o título "Lula é cristão e governa para todos". O texto diz que "o bolsonarismo volta a mentir para espalhar terror entre as pessoas de fé. Lula é cristão".

A publicidade diz ainda que, como presidente, ele sancionou a lei da liberdade religiosa, em 2003, "nunca fechou e nunca fechará igrejas". "Ele sabe que um presidente deve respeitar todas as pessoas. É católico. Respeita todas as religiões. Não vai fechar igrejas", diz ainda o texto.

Campanha
Peça de campanha cita que Lula sancionou a lei da liberdade religiosa, em 2003. (PT / Reprodução)

Em seu governo, Lula tinha o apoio da bancada evangélica e se relacionava bem com diversas organizações, como a Igreja Universal do Reino de Deus.

Na cerimônia em que sancionou a lei que criou o Dia da Marcha para Jesus, em setembro de 2009, ele recebeu a visita de representantes das principais denominações evangélicas do país, como o então senador e bispo Marcelo Crivella, da Igreja Universal do Reino de Deus e autor do projeto de lei que criava a Marcha, e o bispo Estevam Ernandes, da Igreja Renascer.

Além deles, religiosos da Assembleia de Deus, da Sara Nossa Terra e da Igreja Batista estavam presentes.

Os líderes evangélicos inclusive deram as mãos e rezaram pela saúde da então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), que foi ao local cumprimentá-los.

Tirar votos de Lula entre as mulheres evangélicas virou prioridade absoluta do bolsonarismo. O presidente Jair Bolsonaro abre larga vantagem sobre o petista entre os homens da religião, vencendo hoje com 48% contra 28%, segundo o Datafolha.

Já entre as mulheres evangélicas a situação é de empate: 29% para Bolsonaro e 25% para Lula. E 34% delas dizem ainda não saber em quem vão votar. A primeira-dama Michelle Bolsonaro já postou em suas redes vídeo contra Lula que associa religiões de matriz africana a "trevas".

A campanha do presidente estuda explorar negativamente uma imagem em que a mulher de Lula, a socióloga Rosângela da Silva, aparece ao lado de uma estante com imagens de orixás.

Na semana passada, o senador Flávio Bolsonaro, que é filho do presidente e um dos coordenadores da campanha, negou que a fotografia de Janja será usada na televisão.

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