Apesar do crescimento da fome em todo o País, o presidente Jair Bolsonaro voltou a ironizar nesta sexta-feira, dia 1º, quem pede menos armas e mais feijão. "Esquerda fala que a gente não come arma, come feijão. Quando alguém invadir sua casa, dá tiro de feijão", disse Bolsonaro a apoiadores em frente ao Palácio do Planalto.
Em agosto, Bolsonaro já tinha feito um comentário na mesma linha e aconselhou seguidores a comprarem fuzil, mesmo que seja caro. "Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Aí tem um idiota: 'Ah, tem que comprar é feijão'. Cara, se você não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar", chegou a declarar o presidente, à época.
Novamente em defesa do armamento da população, medida criticada por especialistas e considerada ineficaz no combate à violência, Bolsonaro afirmou que o Estado de Santa Catarina é o mais armado e o menos violento do País. "Quanto mais armas, menos violência", cravou o chefe do Executivo, sem citar qualquer embasamento científico na afirmação.
De olho nas eleições de 2022, o presidente ainda reiterou hoje discursos voltados à sua base de apoio, como a defesa do atual entendimento do marco temporal, a minimização do desmatamento da Amazônia e críticas ao suposto aparelhamento ideológico em ministérios durante os governos petistas. "Estão querendo derrubar o marco temporal. Acaba o Brasil. Vai faltar comida para o resto do mundo", repetiu Bolsonaro.
Segundo ele, "não é mole apagar incêndio" e muitas queimadas são feitas pelos indígenas. "Se tivessem motivo para criticar meu governo, tudo bem, mas não têm", chegou a dizer Bolsonaro aos apoiadores.
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