Ainda com quase metade de setembro pela frente, o Pantanal já bateu o recorde histórico de queimadas para todo o mês.
O mês de setembro de 2007 detinha o posto de maior número de incêndios no bioma, com 5.498 focos de calor registrados pelo Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O valor era o terceiro maior registro de fogo para qualquer mês em toda a história documentada do Pantanal, ficando atrás somente dos 5.993 focos de incêndio observados em agosto de 2005 e dos 5.935 focos de agosto deste ano.
Setembro de 2007 ficou para trás com os focos de fogo registrados na quarta-feira (16). Até o momento, o bioma já registrou 5.603 queimadas, número quase três vezes acima da média para o mês.
Pelo ritmo diário de registro de fogo, setembro de 2020 será, com folga, o mês com o maior número de queimadas já registrado em toda a história no Pantanal.
A situação crítica sem controle ocorre em meio ao período de estiagem do bioma, em um contexto em que mesmo a temporada de chuvas precedente foi seca em relação ao histórico climático da região e sem qualquer perspectiva de melhora.
A conjuntura gravíssima já estava no horizonte com o que foi observado nos meses anteriores. O primeiro semestre do ano foi o de maior número de queimadas na história do Pantanal, com o mesmo se repetindo no mês de julho. Agosto ficou pouco abaixo do recorde histórico.
Este ano já possui o maior número de queimadas registradas no Pantanal, com grande distância dos valores de outros anos.
A alta histórica do fogo, que já destruiu o maior refúgio de araras-azuis do mundo e que ameaça áreas com onças pintadas, ocorre apesar da proibição de queimadas no bioma e na Amazônia, segundo decreto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicado no Diário Oficial da União em 16 de julho.
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