O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu que o setor privado seja responsável pelo financiamento de pesquisas no Brasil.
A declaração foi dada nesta terça-feira (26) durante sua fala sobre as ações do Brasil no enfrentamento da Covid-19 na Universidade de Lisboa, em Portugal.
Cerca de 50 pessoas se reuniram nas imediações da universidade para protestar contra a presença de Queiroga. Já o vídeo de transmissão da aula foi inundado de comentários contrários à fala e à presença do ministro.
"Os grandes empresários brasileiros muitas vezes buscam só renúncia fiscal. Tem que acreditar no país, investir no país, gerar emprego, gerar renda. Tem que gerar atitude para que possamos fazer políticas públicas", disse.
"Nos EUA, a iniciativa privada financia a maior parte das pesquisas. Temos que chamar a iniciativa privada para investir nas pesquisas, não ficar esperando só o governo", acrescentou o ministro.
Segundo Queiroga, o governo federal investiu em pesquisas desde o início da pandemia. No Ministério da Saúde, foi por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
A fala do ministro ocorreu dias depois de o Congresso Nacional aprovar projeto que retirou R$ 600 milhões previstos para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
O ministro Marcos Pontes chegou a dizer que o recente corte de R$ 600 milhões da pasta compromete projetos estratégicos da ciência brasileira. Afirmou ainda que foi "pego de surpresa" e que cogitou deixar a pasta.
Os recursos foram destinados para outras áreas, atendendo a um pedido do ministro da Economia, Paulo Guedes.
O presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Evaldo Vilela, classificou como rasteira o corte de R$ 600 milhões do orçamento da ciência brasileira.
Durante o seu discurso, Queiroga defendeu as ações não só do Ministério da Saúde, mas do governo federal. O ministro citou o auxílio emergencial, a campanha de vacinação, além de outras iniciativas.
"Nós estamos certos que as políticas adotadas pelo governo federal serão reconhecidas", disse.
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