O prefeito Rafael Greca (DEM), 64, foi o escolhido pelos eleitores de Curitiba para governar a capital paranaense por mais quatro anos. Com 95,12% das urnas apuradas, ele venceu o pleito ainda no primeiro turno, com 59,77% dos votos válidos até as 20h.
Na sequência, aparecem dois deputados estaduais que também concorriam ao cargo: Goura Nataraj (PDT), 41e Fernando Francischini (PSL), 50.
A capital do Paraná teve recorde de candidatos em 2020, com 16 nomes concorrendo à prefeitura. O artista plástico Diogo Furtado (PCO), 30, porém, teve o pedido de registro de candidatura indeferido pela Justiça Eleitoral e aguardava julgamento de recurso.
Também concorreram nestas eleições o ex-deputado federal João Arruda (MDB), 44, a deputada federal Christiane Yared (PL), 60, a professora Carol Arns (PODE), 44, o médico Dr. João Guilherme (Novo), 47, a psicóloga Marisa Lobo (Avante), 57, o professor Paulo Opuszka (PT), 43, o professor Renato Mocellin (PV), 62, a professora Samara Garratini (PSTU), 29, a psicanalista e economista Letícia Lanz (Psol), 69, a estudante Camila Lanes (PCdoB), 24, o professor Eloy Casagrande (Rede), 61, e o administrador Zé Boni (PTC), 43.
Logo antes do início oficial da campanha, Greca obteve sua primeira vitória. Ele saiu vencedor da queda de braço com o deputado estadual Ney Leprevost (PSD), que desistiu da candidatura após intervenção do governador Ratinho Jr. (PSD). Ney foi o principal adversário de Greca no último pleito e chegou ao segundo turno em 2016, mas saiu derrotado.
O aceno de Greca ao governador ocorreu principalmente com a filiação de seu vice, Eduardo Pimentel, no PSD, partido que acabou embarcando na coligação do prefeito em 2020.
Outro que desistiu da disputa logo no início foi o ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT), que amargou o terceiro lugar no pleito de 2016, quando tentava a reeleição. Desta vez, Fruet alegou falta de dinheiro para bancar a campanha e acabou substituído por Goura.
A briga eleitoral ficou marcada pela ausência de Greca nos poucos debates e a união dos oponentes para tentar levar a disputa para o segundo turno. Parte dos adversários chegou a organizar discursos em praça pública para bater no prefeito, em protesto à ausência dele nas discussões e contra o escasso tempo de TV e rádio das campanhas de oposição.
Já nas últimas semanas de campanha, Francischini partiu mais agressivamente para o ataque contra Greca. Em seu programa eleitoral, o deputado lançou uma série de denúncias de supostos benefícios que o prefeito teria concedido à própria família com desapropriações de terrenos e compra de asfaltos durante sua gestão. O prefeito nega irregularidades.
Esta será a terceira vez que Rafael Greca vai comandar a prefeitura de Curitiba. Além da atual gestão, ele já ocupou o cargo entre 1993 e 1996. Também foi vereador, deputado estadual constituinte, deputado federal e ministro do Esporte e Turismo.
Formado em economia e engenharia, especializou-se em urbanismo e é membro concursado do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).
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