No mesmo dia em que coordenadores da equipe de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram ao Planalto, nesta quinta-feira (3), para tratar da transição de governo, o quadro oficial do ex-presidente Michel Temer (MDB), desafeto dos petistas, foi derrubado sem querer por um integrante da imprensa e quebrou.
Integrantes do PT acusam Temer de ter ajudado na articulação para o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Ele assumiu o governo após o impedimento da petista.
Pouco antes da chegada da equipe de Lula, algumas pessoas ficaram amontoadas perto do local onde haveria uma entrevista a jornalistas. Atrás há uma galeria com os quadros de todos os presidentes da República, uma sequência de fotos preto e branco dos ex-ocupantes do cargo. A foto de Jair Bolsonaro, o presidente em exercício, é colorida.
Nesse momento, algum profissional de imprensa esbarrou de forma não intencional no quadro de Temer, que caiu e teve seu vidro quebrado. O quadro depois foi recolocado, mas ainda com uma rachadura.
A equipe do governo eleito realizou na tarde desta quinta-feira (3) a primeira reunião com integrantes da gestão Bolsonaro, para dar início às atividades de transição.
Além de Alckmin, participaram do encontro representando o governo eleito a presidente do PT, Gleisi Hoffmann; o ex-senador Aloizio Mercadante, o senador eleito Wellington Dias (PT-PI)
O grupo foi recebido pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), pelo general Luiz Eduardo Ramos e outros técnicos do governo.
"Tivemos encontro com ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, o secretário-geral, ministro general Ramos e uma equipe de assessores. Entregamos o pedido do presidente Lula nos designando como coordenador da transição. A conversa foi bastante proveitosa, muito objetiva. A transição já começou", afirmou Alckmin.
"Eles estão designando o CCBB [Centro Cultural Banco do Brasil]. Amanhã Gleisi e Mercadante vão até lá fazer uma visita e nós deveremos começar a partir de segunda-feira da próxima semana", completou.
Durante entrevista a jornalistas, Alckmin foi perguntado se Luiz Eduardo Ramos, aliado próximo a Bolsonaro e amigo, havia reconhecido a derrota.
"Cumprimentou, deu parabéns, desejou ótimo trabalho e se colocou à disposição para a transição", disse.
Ex-ministro da Educação de Dilma Rousseff, Aloízio Mercadante afirmou estar de volta ao Planalto "pela porta da frente".
"Eu acho que só tem uma forma de voltar ao Palácio do Planalto para exercer um cargo público, pela porta da frente, com voto popular, em uma eleição limpa, como foi a que nós vivemos", afirmou.
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