O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou nesta quinta-feira (21) que o município pode desobrigar o uso de máscaras, inclusive em locais fechados, quando 75% da população estiver completamente imunizada contra a Covid-19. A projeção é que isso ocorra a partir do dia 15 de novembro.
"Vamos sempre seguir aquilo que o comitê científico disser, e o secretário [de Saúde] Daniel Soranz toma a decisão final", afirmou.
Hoje com 62% da população total imunizada, o Rio de Janeiro tem assistido a uma queda expressiva do número de casos e mortes pela doença. A Prefeitura tem dito que a cidade tem o melhor cenário epidemiológico desde o início da pandemia.
No início do mês, o comitê científico recomendou, inclusive, o retorno pleno das aulas presenciais em todas as unidades de ensino públicas ou particulares.
Desde o começo de outubro a prefeitura do Rio avalia a desobrigação do uso de máscaras ao ar livre, que chegou a ser prevista para o dia 15 de outubro, o que não ocorreu.
No início da semana, o secretário Daniel Soranz afirmou em entrevistas que a obrigatoriedade das máscaras em espaços externos deve ter fim na próxima terça-feira (26), quando a cidade deve chegar a 65% da população imunizada.
"É importante a gente ter cautela, que a gente vá com segurança, que vá acompanhando sempre muito de perto os números para que a gente possa dar mais segurança para a população para esse processo de retomada", disse Soranz ao programa Bom Dia Rio, da TV Globo.
A Prefeitura publicou nesta segunda-feira (18) um decreto autorizando a lotação máxima em espaços como cinemas, teatros, casas de festa e centros comerciais.
O decreto determina também que não é mais necessário haver distanciamento social nesses ambientes, apenas manter o uso de máscaras. Antes, a lotação permitida era de 70% com distanciamento de um metro entre as pessoas.
Em São Paulo, o comitê científico do governo estuda estabelecer indicadores para ajudar as autoridades a decidirem se flexibilizam ou não o uso de máscaras no estado durante a pandemia.
A cobertura vacinal da população, o nível de transmissão do vírus e o número de novos casos e de internações são alguns dos parâmetros que devem ser utilizados, disse o coordenador-executivo do órgão, João Gabbardo.
Gabbardo afirmou que os indicadores não determinarão uma data para o fim da obrigatoriedade, mas irão apontar um momento ideal para que o uso não seja exigido em algumas situações, começando por ambientes externos sem aglomeração.
O coordenador disse também que ainda não é o momento para a flexibilização, apesar dos indicadores já apresentarem números positivos.
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