O ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias negou à CPI da Covid, nesta quarta-feira (7), que a indicação sua para um cargo de confiança na pasta partiu do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR). Ele admitiu que tem relação com Barros em razão do cargo que ocupou no Paraná. Ferreira Dias foi servidor do governo paranaense durante a gestão de Cida Borghetti (Progressistas), mulher de Barros.
Para ocupar posto-chave no Ministério da Saúde, o ex-diretor diz ter sido indicado pelo ex-deputado Abelardo Lupion (DEM-PR). "Mandetta (ex-ministro da Saúde) recebeu meu currículo das mãos de Abelardo Lupion", disse, lembrando que conheceu Lupion quando trabalhou em empresa no Paraná.
"A cada troca de ministros, eu fui mantido no cargo", afirmou ele ao comentar sobre por quais motivos continuou no cargo, atribuindo essa decisão as "ações que estavam em andamento. Pazuello me disse 'estou subindo montanha e você é pessoa que conhece o caminho'", relatou Dias aos senadores.
Ele afirmou desconhecer que houve pedido de demissão sua por parte do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Já sobre a indicação pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a uma vaga na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano passado - retirada pouco tempo depois - Roberto Dias afirmou que o pedido para ingressar na Anvisa foi feito a Pazuello porque ele estaria "cansado da rotina no Ministério da Saúde".
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