A Rússia anunciou neste sábado (15) que deu início à produção do primeiro lote da vacina contra o novo coronavírus.
A droga, assim que foi divulgada pelo presidente Vladimir Putin no início desta semana, foi recebida com ceticismo pelo resto do mundo por não seguir os procedimentos previstos de testes -que levam tempo.
A informação foi confirmada pelo ministério da Saúde do país que informou, em comunicado, que o primeiro lote foi produzido no Instituto de Pesquisa Gamaleya.
Putin afirmou nesta última terça (11) que a vacina do país é "bastante eficaz". O mandatário afirmou também que uma de suas filhas chegou a ser vacinada com a Sputinik V, nome escolhido para a droga em homenagem ao satélite soviético lançado em órbita em 1957.
O Instituto Gamaleya foi acusado pela comunidade científica internacional de não respeitar os protocolos para acelerar o processo de fabricação e comercialização da vacina.
Os pesquisadores argumentam que uma vacina desenvolvida de forma precipitada pode ser perigosa, já que a fase final dos testes (onde sua eficácia é verificada com milhares de voluntários) começou apenas nesta semana.
Alexander Guinstbourg, diretor do Gamaleya, disse que os voluntários participantes da última fase de testes receberão duas injeções, segundo informou a agência TASS.
O fundo de riqueza soberana da Rússia envolvido no desenvolvimento da vacina informou que a produção em grande escala começará em setembro e que 20 países já encomendaram mais de 1 bilhão de doses com antecedência.
Por enquanto, a Rússia não publicou um estudo detalhado sobre a eficácia da vacina de forma independente.
Com mais de 917 mil casos oficiais de Covid-19, a Rússia é o quarto país do mundo mais afetado pela pandemia em número de infecções. O país está atrás apenas dos Estados Unidos, Brasil e Índia.
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