Pela terceira vez fora do segundo turno em uma campanha para prefeito de São Paulo, o deputado Celso Russomanno (Republicanos) reafirmou sua fidelidade ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a quem eximiu de culpa pelo resultado. Em pronunciamento na sede do Republicanos em São Paulo, ele defendeu a adoção de voto impresso no Brasil e atribuiu sua derrota à falta de verba na campanha.
"Foi a campanha do tostão contra o milhão", afirmou o candidato derrotado. "A gente tinha poucos recursos. Não deu para fazer muito impulsionamento [nas redes sociais]. Está cada vez mais claro que o impulsionamento tem efeito."
Questionado sobre as razões para o pouco investimento do partido na campanha, disse que o Republicanos "dividiu [a verba] entre todos os candidatos do Brasil".
"Decidimos em convenção nacional. Nós não somos um partido de dono", afirmou.
Russomanno também atribuiu sua derrota às "fake news" de que teria sido vítima.
"Essa é uma eleição de dinheiro, fake news. Fomos vítimas de todos os ataques inimagináveis", afirmou o deputado, que evitou atribuir sua derrota à associação de sua imagem à do presidente Bolsonaro.
"Sou leal, tenho bandeira e lado, e quanto eu tomo [um lado] eu sigo até o final. Toda a minha postura na política eu sempre tive lado e fui fiel e leal", afirmou.
Após a insistência sobre o papel de Bolsonaro em sua derrota, Russomanno disse que "isso é uma análise que não vou fazer".
"Não me arrependo de nada do que nós fizemos porque fizemos sabedores dos bônus e ônus. A fidelidade vale mais do que uma eleição", disse. "Cada um faz seu julgamento em relação a isso, vou continuar mantendo minha fidelidade a ele."
Russomanno disse que ainda não havia conversado com o presidente sobre a derrota, "mas vou conversar com ele com certeza absoluta", disse, ao lado da mulher e do vice, Marcos da Costa.
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