Na única agenda pública que teve na véspera da eleição, o candidato à Prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (Republicanos) fez uma carreata que partiu de Cidade Tiradentes, no extremo leste da cidade, e circulou por bairros da região. Ao falar com jornalistas, disse ter certeza de que o apoio que recebeu na reta final, incluindo o de grupos bolsonaristas, o levará ao segundo turno e evitou comparações com eleições anteriores.
"Tenho certeza que nós estaremos no segundo turno e toda a nossa equipe está muito muito muito empolgada", disse o candidato, após um jornalista questionar se o apoio dos aliados do presidente Jair Bolsonaro, que cresceu nesta semana, seria suficiente para levá-lo ao segundo turno.
No entanto, o candidato se esquivou de fazer comparações entre a campanha atual e as outras duas que disputou, em 2012 e 2016, em que não passou para a segunda etapa. "Não tem comparação, são diferentes", resumiu.
Diante da insistência dos jornalistas, complementou: "A diferença (neste ano) é que a população está engajada na minha candidatura."
A campanha do candidato chegou a prever a presença de Russomanno em um culto na igreja Assembleia de Deus em Perus, zona norte da cidade, mas a agenda foi desmarcada. Russomanno afirmou que, nesta reta final, priorizou na parte da manhã o comparecimento em lives.
A escolha de Cidade Tiradentes para fechar o primeiro turno da campanha se deu, segundo ele, por causa do apoio que tem na região. "A gente sempre teve muita votação na zona leste. É a região onde sou mais forte, então escolhemos a zona leste para terminar a campanha."
Russomanno chegou uma hora atrasado no evento, que estava convocado para as 14h30. O ponto de encontro, a Travessa Cachoeira de Paula Afonso, é um cruzamento de duas ruas e três vielas, uma delas paralela a um córrego.
O candidato desceu do carro e foi direto ao encontro dos jornalistas que o esperavam embaixo do toldo de uma barraca de verduras e legumes, por causa do sol. Ao atender os jornalistas, pediu silêncio por duas vezes para uma feirante.
"Os córregos, riachos, todos abandonados, aqui você já devia estar fazendo um mutirão de limpeza, uma campanha publicitária para que as pessoas não jogassem lixo na rua", afirmou o candidato, ao ser questionado sobre o que faria pela região. "Aqui temos um problema sério de regularização fundiária. Nós vamos resolver esse problema. Temos um projeto no Rio de Janeiro que anda muito bem lá, chama Carinho Solidário, onde a Defensoria Pública, junto com os cartórios, entram nas comunidades e emitem documento, declaração de posse para as pessoas, para que você possa identificar os moradores, os proprietários das moradias, e depois fazer as benfeitorias", comentou.
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