A Secretaria de Saúde paulista confirmou na noite desta quarta-feira (16) o primeiro caso de reinfecção pelo novo coronavírus no estado de São Paulo. A confirmação, segundo a gestão João Doria (PSDB), foi feita pelo laboratório estratégico do Instituto Adolfo Lutz, após o sequenciamento genético de duas amostras clínicas de um caso suspeito, identificadas pelo Centro de Vigilância Epidemiológica, ambos ligados ao governo estadual.
A paciente, de acordo com a nota do governo, é uma mulher de 41 anos, que mora em Fernandópolis (553 km de SP), na região de São José do Rio Preto. O caso da mulher do interior paulista é o segundo confirmado de reinfecção no país. O primeiro foi noticiado pelo Ministério da Saúde no último dia 10. Trata-se de uma profissional de saúde de Natal, de 37 anos, contraiu novamente o vírus após 116 dias do primeiro diagnóstico.
Conforme a nota da secretaria, a mulher paulista desenvolveu a doença em junho, com resultado positivo em exame laboratorial. "Se curou, e teve nova detecção em novembro, 145 dias após o primeiro diagnóstico. O caso apresentou todos os critérios estabelecidos em nota técnica do Ministério da Saúde para confirmação de reinfecção", afirma.
Os dois exames foram analisados pelo laboratório regional do Adolfo Lutz de São José do Rio Preto, diz a secretaria. "O Laboratório Estratégico do Instituto Central, localizado na cidade de São Paulo, fez o sequenciamento do genoma completo e identificou que se trata de duas linhagens distintas do vírus, o que pode justificar a reinfecção", afirma. "Uma delas foi constatada exclusivamente no Brasil, e a outra já identificada tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Chile, conforme sequências comparadas com o banco de dados online e mundial", completa.
Outros casos suspeitos estão sob investigação e pesquisadores da USP-Ribeirão e do Hospital Universitário de Sergipe já haviam confirmado casos semelhantes.
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