A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo descarta, por enquanto, retomar barreiras sanitárias nos terminais rodoviários da cidade e no aeroporto de Congonhas, na zona sul, para monitorar possíveis casos da variante ômicron do coronavírus.
A medida foi adotada entre maio e outubro por causa da variante delta.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) advertiu nesta segunda-feira (29) que a nova variante ômicron do coronavírus representa um "risco muito elevado" para o planeta.
Ao ser questionado pela Folha na manhã desta segunda se a gestão Ricardo Nunes (MDB) pretende retomar as barreiras sanitárias, o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, afirmou que "ainda não".
"Estamos conversando com o Ministério da Saúde e com o governo do estado para monitorar a situação", afirmou.
Em quase cinco meses, equipes da Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde) abordaram 801.106 pessoas em três terminais rodoviários e no aeroporto de Congonhas.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou na tarde deste domingo (28) que um brasileiro que passou pela África do Sul testou positivo para a Covid-19 após desembarcar no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. O país é onde foi identificada pela primeira vez a nova variante da Covid-19, ômicron.
Na sexta (26), a Prefeitura de Guarulhos afirmou ter protocolado nos ministérios da Saúde, da Infraestrutura e da Defesa, além da Casa Civil do governo federal, um pedido para que se reforce as barreiras sanitárias para passageiros vindos de países da África, principalmente África do Sul ou que tenham passado pelo continente nos últimos 15 dias.
"Entendemos que é urgente a adoção de medidas mais eficazes para o controle de acesso de passageiros provenientes do continente africano, mesmo que não sejam por voos diretos, mas também por conexões", afirmou o prefeito Gustavo Henrique Costa, o Gut (PSD), em nota publicada no site da prefeitura.
A Anvisa, responsável pela fiscalização sanitária em aeroportos internacionais, disse que vem efetuando medidas de contenção do vírus desde o início da pandemia.
Diante do avanço da ômicron, a Anvisa recomendou, na noite de sábado (27), que o governo federal ampliasse a lista de países em que passageiro que por lá tenham passado nos últimos 14 dias estão proibidos de entrar no Brasil.
A medida acrescentou Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia, ao lado de África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta