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São Paulo registra maior ocupação de leitos de UTI desde início da pandemia

São Paulo registra maior ocupação de leitos de UTI desde início da pandemia

Diante do aumento da ocupação de leitos, o comitê fez um lista de recomendações extraordinárias, além das que já constam do Plano São Paulo, para tentar frear a circulação do vírus.

Publicado em 22 de fevereiro de 2021 às 16:02- Atualizado há 4 anos

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Foram entregues 15 novos leitos semi-intensivo no Hospital Estadual Dr. Dório Silva, na Serra
No pico da pandemia, em julho do ano passado, o estado registrou 6.257 pacientes em UTIs, de acordo com o secretário de estado da Saúde, Jean Gorinchteyn. (Giovani Pagotto/Governo-ES)

O estado de São Paulo registrou o maior número de pacientes de Covid-19 internados em UTIs (unidades de Terapia Intensiva) desde o início da pandemia. Segundo o secretário-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus, João Gabbardo, 6.410 pessoas estavam internadas em leitos intensivos nesta segunda-feira (22).

No pico da pandemia, em julho do ano passado, o estado registrou 6.257 pacientes em UTIs, de acordo com o secretário de estado da Saúde, Jean Gorinchteyn. "Ultrapassamos um numerário histórico da pandemia", disse em coletiva na tarde desta segunda, no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi (zona oeste da capital paulista).

Para Gabbardo, o número representa que os pacientes têm permanecido mais tempo na UTI do que o previsto pelo comitê de controle da pandemia e issos revela que os doentes têm sido internados em condição mais grave.

Diante do aumento da ocupação de leitos, o comitê fez um lista de recomendações extraordinárias, além das que já constam do Plano São Paulo, para tentar frear a circulação do vírus. As medidas estão sendo analisadas pela gestão João Doria (PSDB) -que avalia a viabilidade jurídica das ações-e devem ser anunciadas na coletiva da próxima quarta-feira (24).

"São recomendações que, obviamente, vão tratar de redução da mobiliade, redução da movimentação das pessoas e é o que a gente pode fazer nesse momento para reduzir a transmissibilidade", disse Gabbardo, que ainda informou que as novas medidas já começam a valer na próxima sexta-feira (26).

Em relação a última semana, o estado teve um aumento de 5,6% na média diária de novas internações, chegando a 1.538 pacientes. A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 67,9% no estado e 67,8%. Segundo o secretário, o aumento de internações mostra uma circulação mais intensa do vírus na região.

O governador Doria também anunciou que na próxima sexta-feira (26) será anunciado calendário com novas etapas de vacinação por faixa etária no estado.

Questionado a respeito da declaração do ministro Eduardo Pazzuelo, que na útlima sexta-feira (19) afirmou a prefeitos que não seria mais necessário reservar a segunda dose da vacina Coronavac para ser aplicada, Gorinchteyn disse que o estado não foi informado oficialmente pelo Ministério da Saúde a respeito da mudança de estratégia na imunização.

O secretário ainda afirmou que o presidente do Conass (Conselho Nacional dos Secretário de Saúde) vai expedir ofício ao ministério solicitando que essa comunização seja feita de forma oficial.

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, ainda afirmou que nesta terça (23) começam a ser enviadas novas remessas diárias de Coronavac ao Ministério da Saúde. A previsão de entrega é de 3,4 milhões de doses nos próximos oito dias mas o número pode aumentar.

O instituto avalia, segundo Covas, ampliar a produção com aumento de funcionários e do horário de trabalho a pedido do governador. O anúncio dessa revisão do plano de produção da vacina deve ser anunciado em evento na manhã de terça, em comemoração aos 120 anos do Butantan.

Com a proximidade do início da imunização contra gripe, programada para fim de abril, a secretaria da Saúde orienta que seja dado um intervalo de ao menos 15 dias entre as doses das vacinas contra Covid-19 e Influenza. Segundo Gorinchteyn, esse tempo de "observação" é necessário para evitar qualquer tipo de reação.

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