O Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde de São Paulo confirmaram nesta quinta-feira (23) mais três casos positivos de varíola dos macacos em São Paulo. São três homens com idades entre 24 e 37 anos e moradores da capital. Os três casos são autóctones, ou seja, de transmissão local, uma vez que os pacientes não possuem histórico de viagem para países com casos confirmados. As autoridades de saúde estão investigando para identificar os vínculos de contágio.
Segundo nota do Ministério da Saúde, os pacientes estão isolados, com quadro clínico estável, sem complicações e sendo monitorados pelas Secretarias de Saúde do Estado e do Município.
Com mais esses três, São Paulo já soma dez casos confirmados, sendo seis na capital, dois em Indaiatuba, um em Santo André e outro em Vinhedo. No país são 14, incluindo os dois no Rio de Janeiro e dois no Rio Grande do Sul. Outros dez casos estão sendo investigados, segundo a pasta: dois no Ceará, quatro no Rio de Janeiro, um em Santa Catarina, um no Acre e dois no Rio Grande do Sul.
O primeiro caso de varíola dos macacos foi registrado no Brasil em 8 de junho, em São Paulo, em um homem de 41 anos que viajou para Espanha e Portugal.
Na última segunda-feira (20), o estado do Rio de Janeiro confirmou o diagnóstico em um paciente de 25 anos que mora em Maricá. Ele informou que não viajou para outros países, mas teve contato com estrangeiros.
A varíola dos macacos é transmitida por meio de contato próximo. A infecção pode ser por vias respiratórias, mas é preciso contato face a face perto por tempo prolongado. Outra forma de infecção é por meio das feridas, parecidas com bolhas, que a varíola dos macacos causa na pele. As feridas são um dos sintomas da doença, que incluem também febre e dores no corpo.
Especialistas dizem que as chances de a varíola dos macacos se tornar uma pandemia são pequenas pela baixa capacidade de transmissão do vírus. No entanto, afirmam ser importante se manter vigilante, com métodos de rastreamento e diagnóstico eficazes.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) pediu nesta quinta-feira (23) vigilância e transparência frente ao surto de varíola dos macacos, que já soma mais de 3.200 casos. A organização reuniu especialistas de vários países para determinar se a situação constitui ou não uma "emergência de saúde pública de alcance internacional", como ocorre com a pandemia de Covid-19. Mas decisão alguma deve ser tomada antes de sexta-feira (24).
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