Secretários estaduais de Segurança acionaram o Ministério da Justiça revoltados com documento da pasta de Eduardo Pazuello (Saúde) sobre grupos prioritários na vacinação contra a Covid-19.
No planejamento da Saúde, presos aparecem na 17º posição, na frente dos agentes que trabalham no sistema carcerário (18º) e também antes das forças de segurança e salvamento (21º).
O presidente do conselho de secretários estaduais, Cristiano Sampaio, secretário do Tocantins, lidera as discussões.
Alguns gestores disseram à reportagem que não vão cumprir a orientação do ministério.
"Aqui no estado nenhum preso vai vacinar antes. Não existe isso. Aqui são 20 mil servidores da força, foram 32 mortes por Covid-19. Temos aqui cerca de 23 mil presos. Foram 5 mortes. Nem estatisticamente isso se justifica. Nossos servidores estão muito mais expostos, sem dúvida", afirmou Rodney Miranda, secretário de Segurança do Goiás.
O documento com uma mínima tentativa de esboçar um plano de imunização já tinha sido divulgado no fim de janeiro, mas ainda não era esclarecedor.
Por determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), a pasta decidiu colocar números ao lado de cada grupo para deixar claro que a lista era, sim, a ordem dos grupos prioritários na vacinação contra Covid-19.
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