A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação, Mayra Pinheiro, afirmou à CPI da Covid nesta terça (25) que o aplicativo Tratecov foi alvo de uma extração de dados, e não um hackeamento, como afirmou o ex-ministro Eduardo Pazuello (Saúde) na semana passada.
Segundo a secretária, a constatação de que houve uma extração de dados foi o que levou o ministério a tirar o dispositivo do ar. Pazuello disse o mesmo na semana passada.
Ao contrário do que disse o ex-ministro, porém, Mayra frisou em depoimento nesta terça, que não houve alterações no aplicativo porque ele era seguro. A retirada do ar foi feita para que houvesse uma investigação.
Já Pazuello afirmou na semana passada à CPI que o aplicativo foi manipulado e colocado no ar pelo hacker.
"Ele (o hacker) pegou esse diagnóstico, botou, alterou, com dados lá dentro, e colocou na rede pública. Quem colocou foi ele; tem todo o boletim de ocorrência. Eu vou disponibilizar para os senhores", disse Pazuello.
Nesta terça, Mayra disse que o laudo da perícia no aplicativo mostra não ter havido hackeamento.
"Ele não conseguiu hackear. Hackear é quando você usa a senha de alguém. Foi uma extração indevida de dados. O termo usado [por Pazuello] foi um termo de leigos", tentou justificar. "O que ele [a pessoa que inspecionou o aplicativo] fez foram simulações indevidas, fora de contexto epidemiológico", disse Mayra.
Segundo a secretaria, o Tratecov servia como uma plataforma para auxiliar médicos no diagnóstico da Covid. De acordo com senadores, no entanto, o aplicativo também receitava cloroquina para crianças e adolescentes.
"Estamos organizando para que ele possa ser utilizado", disse Mayra, após ser cobrada pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), pelo fato de estar fora do ar uma iniciativa que poderia ajudar no combate ao coronavírus.
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