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Senado libera compra privada de vacina contra Covid sem ceder parte ao SUS

Senado libera compra privada de vacina contra Covid sem ceder parte ao SUS

Lei aprovada em 2021 obrigava clínicas privadas a doarem 50% do estoque dos imunizantes comprados

Publicado em 26 de outubro de 2022 às 08:32

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O Senado aprovou nesta terça-feira (25) a medida provisória que revoga a lei que estabelecia contrapartidas à iniciativa privada em caso de compra de vacinas de Covid-19.

Enfermeiro prepara dose da vacina contra a Covid da Pfizer na UBS Santa Cecília, região central de São Paulo
Enfermeiro prepara dose da vacina contra a Covid da Pfizer na UBS Santa Cecília, região central de São Paulo. (Ronny Santos - 15.set.21/Folhapress)

O projeto foi aprovado em votação simbólica. Como não houve alterações em relação ao texto enviado pelo governo, segue para promulgação.

A lei revogada autorizava as empresas a comprar, distribuir e administrar vacinas, desde que pelo menos 50% das doses fossem, obrigatoriamente, doadas ao SUS e as demais fossem utilizadas de forma gratuita.

Em relatório, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) reconheceu que, quando a lei foi sancionada, não era "razoável permitir que a vacinação de pessoas fora dos grupos prioritários ocorresse -em função de seu maior poder aquisitivo e de sua possibilidade de pagar pela imunização-, antes de outros indivíduos com maior risco para a Covid-19, até porque isso redundaria em menor eficiência da imunização da população como um todo e em exacerbação das iniquidades em saúde."

Com a redução de novos casos registrados e de mortes e a compra de vacinas pelo Ministério da Saúde, o cenário no país mudou, afirma o relator.

"Com a declaração do fim da emergência sanitária, deixou de produzir efeitos a autorização para a aquisição de vacinas contra a Covid-19 pelos entes federados e para a assunção dos riscos referentes à responsabilidade civil em relação a eventos adversos pós-vacinação", complementa.

Com a promulgação da medida provisória, indica o relator, o "setor privado poderá utilizar a totalidade das doses de vacinas adquiridas de fornecedores, sem precisar cumprir o requisito da doação de 50% ao SUS, obrigatoriedade que se tornou desnecessária."

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