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Senado: Moro e PSDB apoiam Marinho; governo mobiliza base por Pacheco

Senado: Moro e PSDB apoiam Marinho; governo mobiliza base por Pacheco

Três senadores do PSD, partido de Pacheco, declaram voto em ex-ministro de Bolsonaro; atual presidente da Casa tem ministros de Lula como aliados

Publicado em 31 de janeiro de 2023 às 19:19

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THAÍSA OLIVEIRA E JOÃO GABRIEL

BRASÍLIA - Às vésperas das eleições para a presidência do Senado, o bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN) conseguiu o apoio público do ex-ministro Sergio Moro (União Brasil), de integrantes do PSDB e do PSD, sigla do presidente atual, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O candidato à reeleição, por outro lado, recebeu o apoio de ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e deve contar com a campanha de ao menos seis integrantes da Esplanada dos Ministérios na sessão desta quarta (1º).

Rogério Marinho e Rodrigo Pacheco, candidatos à presidência do Senado
Rogério Marinho e Rodrigo Pacheco são candidatos à presidência do Senado. (Agência Brasil e Agência Senado)

No PSD, o voto de ao menos três senadores em Marinho já estava no radar de Pacheco. O anúncio foi feito nesta terça-feira (31) por Nelsinho Trad (PSD-MS), Samuel Araújo (PSD-RO) e Lucas Barreto (PSD-AP) — rival político de Davi Alcolumbre (União-AP) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Minutos antes do apoio, no entanto, Araújo participou de um almoço na casa do senador Weverton Rocha (PDT-MA) em apoio a Pacheco. Segundo pessoas que participaram do encontro, Araújo afirmou que votará no colega de partido.

"Temos um candidato do partido, não temos nada contra ele. [É uma] pessoa educada, equilibrada, mas que teve seu momento. Agora é hora da renovação para o bem da política do nosso país", afirmou Trad à imprensa, ao lado de Marinho e de ex-ministros do governo de Jair Bolsonaro (PL).

"Temos convicção de que temos número necessário para ganhar", afirmou Marinho. "O governo tem agido de forma incisiva. É a regra do jogo", completou, dizendo que o governo tem se movimentado porque está preocupado em não conseguir manter um aliado na presidência da Casa.

Senadores que apoiam Pacheco afirmam, no entanto, que o voto é secreto, e que será possível vencer em primeiro turno. Para ganhar a disputa, o candidato precisa de 41 votos.

Aliados do presidente dizem que ele tem ao menos 46, mas pode repetir o resultado de 2021, quando recebeu 57.

Nesta terça (31), os ministros da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), e da Ciência e Tecnologia, Márcio França (PSB-SP), assinaram uma carta da bancada do PSB do Senado em apoio a Pacheco. Já o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), participou de um ato pró-Pacheco promovido pela sigla no Senado.

"A bancada do PSB, reunida nesta terça-feira, na sede do partido, ao analisar as candidaturas postas à Presidência do Senado Federal, decidiu, por unanimidade, hipotecar integral apoio à reeleição do senador Rodrigo Pacheco", diz a nota do PSB.

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