O presidente da Fifa, Gianni Infantino, não desistirá tão fácil da ideia de organizar Copas do Mundo a cada dois anos. O dirigente segue tour mundial em busca de apoio para a proposta e, na Argentina, em encontro com Claudio Tapia, presidente da AFA, disse que "seria ótimo organizar uma Copa do Mundo na América do Sul."
Infantino está visitando diversos países da América do Sul e apoiou a possível candidatura do continente para a edição de 2030 dividida entre quatro países, dentre os quais, Argentina e Chile. Ele garante que está na hora da volta da competição para cá e tenta convencer dirigentes a apoiarem sua proposta de redução dos quatro para dois anos de intervalo em cada edição.
"Uma candidatura sul-americana seria muito forte. Na América do Sul o futebol é vivido de uma forma incrível, o coração do futebol está aqui. Seria fantástico pensar em uma Copa do Mundo na América do Sul", afirmou Infantino em coletiva de imprensa com o presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA), Claudio Tapia, nesta segunda-feira.
No país desde domingo, o dirigente revelou que "há muito interesse em organizar Copas do Mundo", apesar da "perda de confiança" do órgão nos últimos anos devido a vários escândalos de corrupção. "Acredito que este é um testemunho do trabalho que estamos fazendo e a garantia que vamos dar a todos os candidatos um processo de candidatura e decisão limpo e correto", garantiu. "Acho que é um aspecto fundamental."
Tapia não escondeu que a Argentina está melhorando seus estádios já pensando no Mundial de 2030, porém não se motivou com a ideia de apoiar a Fifa a realizar a competição a cada dois anos. O argentino prefere o modelo atual, a cada quatro anos.
Infantino vai na linha que a competição com menos espera traria "competitividade de alto nível, mais esperança e emoção e mais possibilidades para o mundo também organizar uma Copa". "Senão, antes que uma Copa volte a um continente, 24 anos se passam se quisermos fazer um rodízio real, e 24 anos é mais que uma geração de pessoas", argumentou Infantino.
O presidente da Fifa pressiona, mas vai buscar um consenso e algo benéfico a todos. "Todas as ideias são bem-vindas, já começamos a mudar a proposta que está sobre a mesa. Não colocamos sobre a mesa uma proposta de 'sim ou não', mas dizendo que falamos sobre isso e veremos como podemos melhorar."
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