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Silvio Almeida nega assédio, fala em falsas acusações e diz ter pedido investigação

Silvio Almeida nega assédio, fala em falsas acusações e diz ter pedido investigação

"Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim", defendeu-se, em nota, o Ministro

Publicado em 6 de setembro de 2024 às 10:47

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Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida
Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida foi acusado de assédio. ( Clarice Castro/MDHC)
João Gabriel, Cátia Seabra, Júlia Chaib e Renato Machado

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, publicou uma nota na noite da última quinta-feira (5) para negar as acusações de que ele teria cometido assédio sexual."Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de um ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país", afirmou.

"Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro". Os relatos de assédio sexual atribuído a Almeida, envolvem casos que teriam ocorrido no ano passado. As acusações foram feitas à organização Me Too Brasil.

A Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, teria sido uma das vítimas de assédio sexual, segundo o portal Metrópoles, que revelou o caso. A reportagem confirmou as informações. O ministro disse que "há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências" e que, com isso, "perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro".

"Toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da Lei, mas para tanto é preciso que os fatos sejam expostos para serem apurados e processados. E não apenas baseados em mentiras, sem provas. Encaminharei ofícios para Controladoria-Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e Procuradoria-Geral da República para que façam uma apuração cuidadosa do caso."

O ministro afirmou que falsas acusações configuram denunciação caluniosa e que "tais difamações não encontrarão par com a realidade". "Fica evidente que há uma campanha para afetar a minha imagem enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público, mas estas não terão sucesso."

Após a publicação da nota, Silvio Almeida divulgou um vídeo. Nele, o ministro repete trechos do comunicado e se refere às acusações como mentiras e denúncias anônimas. "Eu não vou transigir com a minha honra. De acordo com movimentos recentes, fica evidente que há uma campanha muito bem orquestrada para afetar minha imagem enquanto homem negro, defensor dos direitos humanos e que tem uma posição de destaque no poder público", disse o ministro.

"Mas quero dizer para essas pessoas que elas não vão ter sucesso e que eu vou enfrentá-las a todo custo". Em nota, a organização Me Too Brasil confirmou que recebeu acusações contra o ministro, mas não indicou os nomes das denunciantes. "A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. Elas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico", diz a nota.

"Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional para a validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa", acrescentou a organização.

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