Profissionais que atuam no Samu da cidade de São Paulo realizaram um "sirenaço" no domingo, 5, em homenagem ao médico hematologista e hemoterapeuta Paulo Fernando Moreira Palazzo, de 56 anos, vítima do novo coronavírus. Primeira morte confirmado pela covid-19 no serviço de atendimento móvel da capital paulista, também era chefe de plantão de Urgência Clínica do Pronto-Socorro do Hospital São Paulo, da Unifesp.
O "sirenaço" foi realizado por diversas equipes do Samu da capital. Em vídeo postado nas redes sociais, colegas de trabalho lembraram da trajetória de Palazzo e chegaram a se emocionar durante a homenagem.
Hematologista e hemoterapeuta, Palazzo também atuava na Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan), entidade sem fins lucrativos de promoção à doação de sangue. Ele era formado pela Escola Paulista de Medicina (EPM), da Unifesp.
Segundo nota da Unifesp, o médico começou na EPM "muito antes de se tornar médico". "De família humilde, batalhou durante oito anos, trabalhando como balconista, abrindo fichas dos mesmos pacientes do PS (pronto-socorro) que se tornariam seus pacientes Estudava a noite, trabalhava de dia até que seu sonho de tornar-se médico e da família EPM tornou-se realidade."
"Trabalhou durante toda sua carreira na linha de frente com plantonista e preceptor no pronto-socorro do Hospital São Paulo. Era humano e preocupava-se principalmente com os aqueles menos favorecidos. Deixa dois filhos, amigos e exemplo de que todo sonho pode se tornar-se realidade", completa a nota.
A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) publicou uma nota em que se solidariza e "deseja condolências à família, aos amigos e aos colegas de trabalho."
Ao menos 106 servidores de hospitais municipais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade de São Paulo tiveram resultado positivo no exame do novo coronavírus. Além disso, 1 841 funcionários da Autarquia Hospitalar Municipal (que corresponde a 19 hospitais e 4 UPAs) e outros 94 do Hospital do Servidor Público Municipal estão afastados das atividades profissionais por síndrome respiratória grave. Os números incluem servidores de setores administrativos, que não atuam diretamente no atendimento de pacientes.
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