O site do Ministério da Saúde saiu do ar na madrugada desta sexta-feira (10). A principal suspeita é de que ocorreu um ataque hacker. Ao tentar acessar o site, usuários se depararam com um recado dizendo que os dados do sistema haviam sido copiados e excluídos, e estavam sob os domínios do grupo invasor. As informações são da Folha de São Paulo.
A mensagem, presente no site, informa: "nos contate caso queiram o retorno dos dados".
Instantes depois, o recado sumiu, porém, o site seguiu fora do ar. A plataforma Conecte SUS, que oferece o certificado nacional de vacinação, também esteve fora do ar. O Ministério da Saúde não apresentou um parecer sobre a situação.
Pessoas que conseguiram acesso ao aplicativo do Conecte SUS comentaram, através das redes sociais, sobre o sumiço das informações relacionadas à vacinação. Além disso, há relatos sobre a dificuldade para realizar login e utilizar demais funções presentes na plataforma.
O "ransomware", tipo de ataque virtual que supostamente atingiu o site e a plataforma, criptografa os dados e impede que eles sejam acessados. Nesse caso, os criminosos geralmente pedem um resgate para fazer a devolução dos dados.
O ataque sofrido ocorre em meio a um período de pressão contra o governo federal pelo controle mais rígido das fronteiras, após o aparecimento da variante Ômicron do coronavírus. O governo Bolsonaro, no entanto, optou para exigir apenas uma quarentena de cinco dias de viajantes não vacinados que entrarem no Brasil. A regra começa a valer a partir desta sábado (11).
Nesta quinta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez críticas à decisão do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por conta do mesmo exigir o passaporte vacinal no estado para viajantes a partir de 15 de dezembro, caso o governo não torne o documento obrigatório.
Após fazer elogios a Assembleia Legislativa de Rondônia, que aprovou projeto proibindo a obrigatoriedade do passaporte, o presidente comentou:
"Outro governador, aqui da região Sudeste, quer fazer o contrário. E ameaça: ‘Ninguém vai entrar no meu estado’. Teu estado, o cacete, porra. E se não tiver vacinado? E nós todos temos que reagir. E reagir como? Protestando contra isso", afirmou durante evento do Dia Internacional contra a Corrupção, no Palácio do Planalto.
Na quarta-feira (8), manifestantes contrários a exigência de comprovante da vacinação contra a Covid-19 tentaram invadir a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e foram impedidos por seguranças do local.
Eles queriam acompanhar a votação do projeto de lei que proíbe no estado o tratamento diferenciado, constrangedor ou discriminatório às pessoas que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid.
Apresentado pelos deputados Filipe Soares (Democratas) e Márcio Gualberto (PSL), o projeto recebeu 57 emendas e voltou à tramitação nas comissões internas antes de ser votado em plenário.
No mês de setembro, uma página do site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) foi hackeada. O alvo foi a seção em que consta o formulário de Declaração de Saúde do Viajante.
O incidente ocorreu após decisão da agência de interromper jogo de futebol pelas Eliminatórias da Copa do Mundo no último domingo (5) entre Brasil e Argentina.
O formulário que sofreu o ataque é obrigatório para todos, sejam brasileiros ou não, que pretendem ingressar no país - e foi preenchido com informações falsas por quatro atletas argentinos, que ocultaram em sua passagem pelo Reino Unido nos últimos 14 dias.
Ao acessar a página, aparecia uma bandeira da Argentina com a seguinte frase: "Não ficamos de quarenta (sic) para passear pelos seus servidores. Vamos ser expulsos também?".
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