Morreu neste domingo Juliano Paulo Luiz, 23 anos, em Avaré (267 km de SP), onde permanecia internado desde a quarta-feira (25), quando o ônibus onde estava bateu contra um caminhão, na altura do km 171 da rodovia Alfredo de Oliveira Camargo, região de Taquarituba (328 km de SP). É a 42ª morte do tragédia, que foi confirmada pela Polícia Civil e também pela prefeitura.
A Polícia Civil de Taquarituba realizou nesta segunda-feira (30) a varredura do local do acidente, com a ajuda de um scanner 3D.
Segundo a delegada Camila Rosa Alves, titular da seccional de Taquarituba e responsável pelas investigações, os resultados desta perícia ficarão prontos em cerca de 30 dias.
A tecnologia é a mesma que foi usada pela Polícia Técnico-Científica para recriar a favela de Paraisópolis em 3D, reconstituindo a ação de policiais militares que resultou na morte de nove pessoas, em dezembro do ano passado, na zona sul da capital paulista. O caso completa um ano nesta terça-feira (1º).
Em nota enviada nesta sexta-feira, a PM afirma que o inquérito policial militar instaurado à época foi arquivado, "sem surgimento de motivos subsequentes para o desarquivamento."
A polícia aguarda o resultado de outros laudos periciais, como dos tacógrafos dos veículos envolvidos no acidente, para constatar se estavam em alta velocidade. Até o momento, as investigações estão voltadas para uma suposta falha humana como causa da colisão.
Além do scanner 3D, a polícia também colhe o depoimento de testemunhas e pessoas envolvidas direta e indiretamente no caso. Nesta sexta também foram ouvidos representantes da Stattus Jeans Indústria e Comércio, de Taguaí (347 km de SP), onde as agora 42 vítimas mortas no acidente trabalhavam. Em nota, a empresa lamentou sobre o caso, sem dar mais detalhes.
"Eles [representantes da empresa] pediram um prazo para apresentar documentações", afirmou a delegada, sem também entrar em detalhes sobre quais documentos seriam. Ela acrescentou também que a perícia no ônibus em que as vítimas estavam foi concluída.
Os laudos periciais serão fundamentais para as investigações pois, ainda de acordo com a delegada titular, alguns testemunhos dados à polícia "não estão fidedignos."
O scanner 3D que usado pela Polícia Civil realiza uma "captura de realidade", criando digitalmente o ambiente em que é usado, disse o engenheiro agrimensor Marcelo Benevenuto.
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