O atual prefeito de São Paulo e candidato a reeleição, Bruno Covas (PSDB), afirmou na noite desta segunda-feira (23) ser contra a reeleição, embora esteja buscando um novo mandato.
"Eu sou contra a reeleição. Votei contra quando fui deputado federal [em uma Proposta de Emenda Constitucional que propôs o fim da reeleição]. É a regra do jogo, portanto estou dentro da regra do jogo", disse Covas em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
"Mas, se pudesse escolher, escolheria não ter reeleição no país. Acho que foi muito ruim, durante esse período todo, desde que ela foi instituída, em 1997, há dificuldade de renovação de quadros por conta da reeleição. O mandato passou a ser de oito anos com um recall no meio do mandato. A instituição, sou contra a existência dela. Mas estou disputando dentro das regras democráticas", continuou o candidato.
Covas foi questionado pela escolha do vereador Ricardo Nunes (MDB) como seu vice, nome que tem ligações controversas com entidades mantenedoras e foi acusado pela esposa em 2011 de violência doméstica (embora hoje ela negue agressão).
Questionado sobre de onde partiu a escolha do nome do vereador (a quem defendeu das acusações), Covas disse que foi ele o responsável pela escolha, mas que preferia uma mulher.
"Eu preferia uma vice mulher, mas também tinha que escolher um vice que representasse a frente que nós montamos no primeiro turno, e aí acabei escolhendo o nome do Ricardo Nunes", afirmou.
O adversário Guilherme Boulos (PSOL) também foi entrevistado, cada um em um bloco do programa, e os dois protagonizaram embates sobretudo no tema das creches.
O prefeito foi questionado pelos jornalistas sobre as acusações de que Nunes se beneficia da gestão de creches em São Paulo. A Folha mostrou que o grupo de Nunes lucra R$ 1,4 milhão com aluguel de imóveis para as creches.
Boulos, por sua vez, acusou Covas de usar a estrutura da prefeitura para espalhar pânico entre as equipes conveniadas que trabalham na educação infantil, afirmando que o candidato do PSOL iria cancelar contratos -medida que ele negou que irá tomar.
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