São Paulo é o primeiro estado do país a atingir mais de 70% da população com vacinação completa contra a Covid-19.
Na manhã desta quarta (10), o estado atingiu 70,96% da população nessa situação, o que representa 32,8 milhões de pessoas que tomaram as duas doses da vacina ou o imunizante de dose única. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde.
Considerando apenas a população paulista acima de 18 anos, esta taxa sobe para 90,11%.
"São Paulo se tornou referência histórica e mundial na vacinação. Somos o estado que mais vacina e a capital paulista é a cidade do país que mais vacina", disse o governador João Doria, em entrevista nesta quarta.
No país, o índice de pessoas totalmente imunizadas é de 56,52%, mais de 120 milhões de brasileiros. Com apenas a primeira dose, o país chega ao índice de 73,28%. Depois de São Paulo, Mato Grosso do Sul é o estado com a segunda maior cobertura vacinal, com índice de 65,29%. Em seguida, está o Rio Grande do Sul, com 62,43%.
São Paulo é hoje o líder em vacinação em todo território brasileiro, tanto em porcentagem da população vacinada quanto em pessoas com pelo menos uma dose dos imunizantes.
Segundo o governador, a cobertura vacinal avançou de forma mais acelerada em São Paulo por conta da decisão do estado de reduzir o intervalo entre doses do imunizante da Pfizer, de oito para três semanas, e pela compra de 5 milhões de doses extras de Coronavac.
"Essas duas decisões nos permitiram avançar mais rápido. Diminuímos o intervalo da Pfizer, como fez os Estados Unidos, e compramos mais vacinas por entendermos a importância de termos a população vacinada o quanto antes."
Reportagem recente do jornal Folha de S.Paulo mostrou que a imunização em São Paulo tem sido tão eficiente quanto em países ricos com alta cobertura vacinal. O estado já ultrapassou países como Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos.
Ainda que os dados sejam expressivos, a coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula fez um alerta para o elevado número de pessoas que tomaram apenas a primeira dose e não retornaram para completar o esquema vacinal. São Paulo tem 5,4 milhões de pessoas com a segunda dose em atraso.
"A gente se preocupa muito com isso, porque só com uma dose a pessoa ainda está exposta ao vírus. É importantes que todos os faltosos retornem para tomar a segunda dose", disse.
Com o avanço da vacinação, Doria voltou a afirmar que estuda a flexibilização da obrigatoriedade do uso de máscara em São Paulo a partir de dezembro. Segundo ele, a mudança deve ser anunciada na próxima quarta (17).
O governo pretende fazer a flexibilização de forma escalonada, retirando primeiro a obrigatoriedade do uso em espaços externos e sem aglomeração.
Para isso definiu que será necessário chegar a 75% da população do estado vacinada, menos de 1.100 novos casos registrados por dia e abaixo de 300 internações diárias. Além disso, será preciso atingir a meta de até 50 óbitos diários.
Atualmente, o estado está com média móvel de 951 novos casos por dia, 352 internações diárias e 77 óbitos.
"O resultado desse esforço coletivo para a vacinação foi a queda de 90% nas mortes por Covid entre abril e novembro de 2021 e a redução em 10 vezes do número de internados. Passamos de mais de 31 mil internados em abril para menos de 3.000 neste dia 10 de novembro de 2021", disse doria.
Mesmo diante do arrefecimento da pandemia, especialistas alertam para a importância de manter o uso da máscara em ambientes públicos.
O aumento da cobertura vacinal vem acompanhado da queda dos indicadores da pandemia. Nesta segunda (8), pela primeira vez desde o começo da pandemia , o estado de São Paulo não registrou nenhuma morte por coronavírus.
Os dados ainda podem ser revistos, já que nos finais de semana as notificações de óbitos costumam ficar represadas: os municípios registram as mortes no sistema Sivep-Gripe aos domingos e por isso os dados estão sempre abaixo da média semanal.
No auge da pandemia no estado, SP chegou a registrar 1.389 mortes em um único dia, 6 de abril.
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