O anúncio da suspensão por tempo indeterminado dos voos da Ita, companhia aérea do Grupo Itapemirim, pode deixar 8 mil passageiros prejudicados só neste final de semana, segundo operadoras de turismo. A informação foi publicada neste sábado (18) pelo colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo". É previsto que 40 mil fiquem sem conseguir viajar até o dia 2 de janeiro de 2022.
Os clientes da companhia aérea, que começou a operar há seis meses, enfrentarão ainda mais dificuldade na retomada de seus planos de final de ano devido à superlotação do setor.
De acordo com um executivo da área de aviação civil entrevistado pelo colunista, Gol, Latam e Azul "não têm como absorver" a demanda já que o período é de grande procura por passagens aéreas.
A companhia, que teve uma criação polêmica, iniciou as operações há pouco tempo e já vinha enfrentando problemas com clientes e trabalhadores. As críticas iam desde o cancelamento de voos sem aviso ao atraso no pagamento da tripulação.
Estavam programados 515 voos entre esta sexta-feira (17) e o dia 31. As operações tinham como partida os aeroportos de Guarulhos (SP), Salvador (BA), Galeão (RJ), Brasília (DF), Recife (PE) e cidades do interior de São Paulo.
Após a suspensão temporária dos voos, protestos foram registrados na noite desta sexta-feira (17), no saguão do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Passageiros de oito voos previstos para aquele dia foram pegos de surpresa e dezenas de clientes com passagens compradas ficaram sem ter como voar.
Em vídeos e publicações que circulam nas redes sociais, é possível ver clientes lotando os terminas domésticos bloqueando a passagem de outros viajantes com aglomerações.
Em comunicado à imprensa enviado nesta sexta-feira (17), a Ita afirmou que a decisão de suspender as atividades foi tomada por necessidade de fazer ajustes operacionais e que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) já havia sido informada.
Como A Gazeta mostrou, a criação do braço da aviação civil do Grupo Itapemirim é polêmica e ocorreu em meio a um processo de recuperação judicial da Viação Itapemirim. Além disso, a companhia foi lançada durante a maior crise da história do setor aéreo mundial, causada pela pandemia de coronavírus. A empresa, mesmo antes da estreia, já era alvo de reclamações de consumidores.
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