O empresário Thiago Brennand, 43, alegou uso de remédios de uso contínuo durante a audiência de custódia realizada no último domingo (30).
Durante a audiência conduzida pelo juiz Orlando Gonçalves de Castro Neto, Brennand citou que faz uso de Efexor (antidepressivo), Rivotril (ansiolítico), Captopril (pressão alta), Nexium (remédio para distúrbios gástricos) e Zolpidem (indutor de sono).
A informação foi publicada inicialmente pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pela Folha de S.Paulo.
Ele está preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) 1 Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, em uma cela de 6 m². O empresário está isolado em uma cela considerada padrão, com cama de alvenaria, colchão, chuveiro, pia, vaso sanitário e tem acesso a chuveiro de água quente.
O isolamento deve durar de dez a 30 dias, segundo o governo paulista.
Brennand foi extraditado dos Emirados Árabes e desembarcou no aeroporto de Guarulhos no sábado (29). Ele viajou ao país em setembro do ano passado horas antes de ser denunciado pelo Ministério Público por agredir uma modelo em uma academia da capital.
Após dormir a primeira noite na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, Brennand passou pela audiência de custódia no Fórum da Barra Funda. No mesmo dia, foi encaminhado para o CDP 1 Pinheiros. A unidade prisional é destinada a presos sob suspeita de crimes sexuais.
Ele sempre negou os crimes por meio de vídeos publicados na internet, que já foram apagados. O advogado que o representa, Eduardo Leite não respondeu à reportagem. No sábado (29), ele afirmou que só falaria do caso em um momento oportuno.
Nos próximos dias, o empresário deverá se apresentar para as audiências dos processos aos quais ele responde. Segundo o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), uma audiência está marcada para o dia 30 de maio na 2ª Vara de Porto Feliz, sobre o caso em que Brennand responde pelo crime de estupro.
Também há uma audiência marcada para o dia 27 de julho, sobre o caso da agressão à modelo Helena Gomes em uma academia de luxo na zona oeste de São Paulo.
Os detalhes sobre o quinto pedido ainda não foram divulgados
Após a acusação de agressão à modelo Alliny Helena Gomes, Brennand deixou o Brasil em 4 de setembro, horas antes da denúncia do Ministério Público. O órgão determinou que ele retornasse ao Brasil até 23 de setembro e entregasse o passaporte. Como não cumpriu a medida, ele teve a prisão preventiva decretada no dia 27 de setembro e tornou-se foragido. A viagem inicialmente foi para para Dubai, nos Emirados Árabes.
Logo depois, no dia 17 de outubro, a Justiça decretou nova prisão contra Brennand, desta vez sob a acusação de tatuar à força e manter em cárcere privado uma mulher em Porto Feliz, no interior paulista.
No dia 7 de novembro, ele teve a terceira prisão preventiva decretada pela Justiça. Na ocasião, os promotores Evelyn Moura Virginio Martins e Josmar Tassignon Júnior apresentaram denúncia contra ele por suspeita de estupro que teria ocorrido também em Porto Feliz.
No dia 10 de fevereiro, o empresário teve a prisão preventiva decretada após denúncia da miss e estudante de medicina Stefanie Cohen. Ela afirma que foi estuprada por Brennand em 2021.
No dia 22 de março, foi decretado o quinto pedido de prisão preventiva também por estupro. A reportagem não obteve detalhes sobre a identidade da vítima deste caso.
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