Tião Bocalom (PP), 67, foi eleito prefeito de Rio Branco, capital do Acre, neste domingo (29). Com 98,16% das urnas apuradas, ele tinha 62,82% dos votos válidos. Derrotou a prefeita Socorro Neri (PSB), 54, que aparecia 37,18%.
Na reta final da campanha, Bocalom foi um dos três candidatos no país para os quais o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou apoio. Na quarta-feira (25), o senador Márcio Bittar (MDB), aliado de Bocalom e relator do Orçamento de 2021, postou nas redes sociais um vídeo gravado ao lado de Bolsonaro.
"Olá, prezado Bocalom. Estou com Bittar do meu lado. Nesse segundo turno, estamos juntos. Boa sorte", disse o presidente.
Eleito prefeito de Acrelândia (AC) três vezes, Bocalom vinha acumulando uma série de derrotas desde 2006.
Desde então, disputou e perdeu o governo do Acre três vezes, a prefeitura de Rio Branco duas vezes e a eleição para deputado federal em 2018.
Em 2020, no entanto, sua campanha disparou, enquanto a prefeita Socorro Neri, que tem o apoio do governador Gladson Cameli, desidratou.
Neri tinha contra ela uma considerável rejeição. De acordo com o Ibope, 35% dos eleitores não votariam na prefeita de jeito nenhum.
A vitória de Bocalom já era esperada. Na pesquisa Ibope de quinta-feira (26) ele aparecia com 65% dos votos válidos, contra 35% de Neri. A prefeita conseguiu crescer alguns pontos percentuais desde o início do segundo turno, mas não o suficiente para ameaçar a eleição do candidato do PP.
Assim como outros prefeitos que buscam a reeleição, ela apostou na narrativa de que trouxe melhorias para a cidade durante a sua administração e que avançaria mais caso reeleita.
"Chegou a hora da virada, Rio Branco precisa de cada um de vocês nesta reta final para caminhar juntos contra o retrocesso, é hora de mostrar tudo o que foi feito e o que será dado continuidade pelos próximos quatro anos", escreveu no dia 20 de novembro nas redes sociais.
Já Bocalom se apresentou aos eleitores como o candidato da mudança. Nos últimos dias de campanha, também acusou Socorro Neri de "partir para a baixaria" e divulgar fake news.
Na reta final, ele foi criticado por afirmar que as pessoas precisam se infectar pelo novo coronavírus para ganharem imunidade contra a doença, ao defender a volta às aulas.
Logo após os resultados do primeiro turno, o PSL, o PSDB e o MDB declararam apoio à campanha do candidato do PP.
Minoru Kinpara (PSDB), que ficou em terceiro lugar na corrida eleitoral, com 14,62% dos votos, postou nas redes sociais um texto a favor de Bocalom.
"Acreditamos que a mudança é necessária. A cidade de Rio Branco precisa experimentar uma outra atmosfera política", disse.
No primeiro turno, Bocalom teve 49,58% dos votos válidos, contra 22,68% de Socorro Neri.
Também disputaram a prefeitura Roberto Duarte (MDB), Daniel Zen (PT), Jarbas Soster (Avante) e Jamyl Asfury (PSC).
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