Com quase 10 milhões de doses de vacinas distribuídas pelo Ministério da Saúde e 2,9 milhões de crianças vacinadas com a primeira dose do imunizante, algumas dúvidas podem surgir no momento de levar os pequenos aos postos de vacinação. Para isso, o órgão usou o principal protagonista das campanhas de vacinação do Brasil, o Zé Gotinha, para esclarecer e informar a população brasileira sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19.
Veja as respostas para algumas das principais perguntas:
Não. A inclusão das crianças no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO) ocorreu após amplo debate com a sociedade civil, especialistas, representantes de sociedades científicas e das mais diversas entidades públicas. As discussões chegaram ao consenso de que a vacinação não deveria ser compulsória. A recomendação está na Nota Técnica nº 2/2022, elaborada pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid).
Não é necessário apresentar prescrição ou receita médica no ato da vacinação. O Ministério da Saúde aconselha que, em caso de dúvidas, os pais ou responsáveis consultem um médico para orientá-los sobre a imunização dos pequenos.
Sim, desde que seja apresentado um termo de autorização dos pais ou responsáveis por escrito. No caso da presença dos responsáveis no ato da imunização, é dispensada a autorização.
Há dois imunizantes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a vacinação do público infantil: a vacina da Pfizer, que já tem registro definitivo na agência reguladora e pode ser aplicada em crianças de 5 a 11 anos; e a vacina Coronavac, aprovada para uso emergencial, destinada a crianças acima de 6 anos, com a orientação de que não seja aplicada em imunocomprometidos. O Ministério da Saúde ressalta que todas as vacinas adotadas no PNO são seguras e eficazes contra a Covid-19.
Assim como ocorre em adultos, o esquema vacinal de crianças e adolescentes é composto por duas doses. A decisão foi tomada com base em evidências científicas. A Anvisa concluiu que as vacinas Pfizer-BioNTech e Coronavac, quando administradas no esquema de duas doses, são seguras e eficazes na prevenção da doença.
Segundo a recomendação da Anvisa, as crianças devem ser vacinadas em ambiente exclusivo, diferente do que é usado para a vacinação do público acima de 12 anos e também diferente do ambiente que é usado para aplicar outras vacinas, ainda que pediátricas. As crianças precisam ser recebidas em um ambiente acolhedor e seguro. Vale lembrar que as crianças precisam permaneçam no local por 20 minutos após a vacinação para que sejam observados possíveis efeitos adversos. A orientação é que seja evitada a vacinação desse público na modalidade drive-thru. Nas aldeias indígenas, a vacinação dos pequenos é feita nos dias em que os adultos não são vacinados.
A vacina Coronavac aplicada em crianças é a mesma aplicada em adultos. Já o imunizante da Pfizer tem características que diferenciam um tipo do outro. O Ministério da Saúde já explicou as diferenças entre o imunizante pediátrico do adulto. Entre as principais diferenças estão a cor do frasco e a dosagem administrada. Enquanto o frasco do imunizante da Pfizer aplicado em adultos tem tampa de cor roxa, a ampola da vacina infantil é laranja. Além disso, a dose aplicada na população acima de 12 anos é composta de 30 microgramas, enquanto a dose pediátrica contém 10 microgramas do imunizante.
Crianças que tomaram a vacina da Pfizer devem retornar ao posto de vacinação para receber a segunda dose oito semanas (cerca de dois meses) depois de tomar a primeira. Já para crianças que receberam o imunizante Coronavac, o intervalo entre uma dose e outra é de 28 dias.
Não há estudos científicos que apontem a necessidade de uma dose de reforço no público infantil. Dessa forma, o PNO orienta que sejam aplicadas as duas doses na faixa etária de 5 a 11 anos.
Crianças com cinco anos completos podem se vacinar. Não há vacinas aprovadas pela Anvisa para o público menor que cinco anos no Brasil.
A Anvisa não recomenda a aplicação de diferentes vacinas de forma concomitante, ou seja, ao mesmo tempo em que se aplicam as vacinas do calendário de vacinação infantil. A orientação é que os pais ou responsáveis aguardem 15 dias para retornar ao posto.
Qualquer pessoa, seja ela criança ou adulto, que tiver contato com casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 não deve ser vacinada durante o período de isolamento, que deverá ser de 7 dias, caso não apresente sintomas respiratórios e febre, há pelo menos 24 horas e sem o uso de antitérmicos.
As vacinas são gratuitas estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde e nos postos de vacinação espalhados por todo o Brasil. Acompanhe o calendário da sua cidade para saber horários de funcionamento e o ponto mais próximo da sua casa. Para a imunização, basta apresentar um documento de identificação e a Caderneta de Vacina da Criança. Na ausência dos pais ou responsáveis, é necessária a autorização por escrito.
O Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, adquiriu o quantitativo suficiente de vacinas para imunizar as mais de 20,4 milhões de crianças brasileiras. Pais e responsáveis que queiram vacinar seus filhos podem ficar tranquilos de que não faltará vacina.
Com informações do Ministério da Saúde
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