O rompimento da barragem 1 da Mina do Feijão, da Vale, em Brumadinho, deixou 58 mortos. Deste, 19 já foram identificados, segundo o último boletim da Defesa Civil, divulgado neste domingo. Segundo o Corpo de Bombeiros, 305 pessoas continuam desaparecidas. Foram realizados 192 resgates até o momento. Veja aqui quem são as vítimas dessa tragédia.
Jonatas Lima Nascimento
Jonatas, de 36 anos, era funcionário da Vale há 13 anos, sendo que há três anos trabalhava na barragem que se rompeu na última sexta-feira . Ele sairia de férias na próxima semana com a mulher e os dois filhos , um menino de 6 anos e uma menina de 13.
- Ele estava feliz, tinha acabado de assinar o aviso de férias. Íamos viajar e ele estava empolgado procurando hotel. Nem nos piores pesadelos eu pensava que isso aconteceria. Ele tinha 36 anos, era forte e não vai ver os filhos crescerem - disse a mulher de Jonatas, Daihene Crizologo, que completou 15 anos de casada com o funcionário da Vale no último dia 10.
Jonatas trabalhava na área de carregamento e estava em uma máquina do tipo escavadeira quando veio a avalanche de lama. Ele perdeu um amigo com quem tinha trabalhado em outra mina no desatre de Mariana.
Marcelle Porto Cangussu
Marcelle, de 35 anos, era médica com especialização em Medicina do Trabalho e trabalhava há cerca de cinco anos na Vale. Única profissional da área no local, Marcelle estava em horário de almoço, no próprio lugar onde dava expediente, quando a tragédia aconteceu. Um dia antes da tragédia, ela comemorou o aniversário de 35 anos.
No dia 24 de janeiro, ficamos com ela até meia-noite. No dia seguinte, às 7h30m, ela já estava no trabalho. A ideia era continuar as comemorações pelo aniversário com os amigos dela na noite de sexta-feira (25) contou Mirelle Porto, mãe da vítima.
Leonardo Alves Diniz
Leonardo, de 33 anos, era casado e pai de um menino de 7 anos. Ele morava com a família em Sarzedo, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Era funcionário da Vale há mais de dez anos. Trabalhava como técnico em manutenção. No dia do acidente, estava de folga e havia marcado para renovar a carteira de motorista quando foi convocado para fazer plantão na empresa .
Daniel Muniz Veloso
Daniel, de 29 anos, nasceu e cresceu em Coração de Jesus, no Norte de Minas, e trabalhava em uma empresa terceirizada que presta serviço para a Vale. A mulher dele está grávida de oito meses do primeiro filho do casal.
Djener Paulo Las-Casas Melo
Filho único, com casamento marcado para junho próximo, Djener era operador de máquinas da Vale, onde trabalhava havia pelo menos dois anos. Seguiu a carreira do pai, funcionário da mineradora há quase duas décadas e que só não estava na mina porque tirou férias de 30 dias para cuidar da saúde e fazer uma pequena cirurgia.
O corpo de Djener foi achado, segundo familiares, porque o celular tocou insistentemente dentro da máquina que ele operava. O equipamento fora arrastado para perto do portão principal da mina, o que facilitou a localização.
Djener havia começado a trabalhar às 7 horas de sexta e estava carregando o último vagão de minério quando houve o estrondo. Um colega, que havia acabado de carregar um vagão, gritou para que ele fugisse, mas não deu tempo. O colega conseguiu sobreviver porque estava numa parte mais alta e teve tempo de escapar. O caixão de Djener estava fechado, apenas com uma foto em cima.
Francis Marques da Silva
Francis, de 34 anos, era de Ibirité (MG) e trabalhava como bombeiro hidráulico terceirizado na Vale. Ele deixa uma filha de apenas quatro anos. Sua mulher, Gisele Rodrigues Marques, desconfia estar grávida, mas não quer fazer o exame no momento por medo de não assimilar as informações. A família recebeu a confirmação da morte há poucas horas e pretende enterrar Francis em Brumadinho.
Maurício Lauro de Lemos
Mauro, de 52 anos, trabalhava na Vale como motorista terceirizado.A filha, Juliana Lemos, contou que o corpo do pai foi encontrado na noite deste sábado e reconhecido por meio de impressão digital.
Era a melhor pessoa do mundo. Fazia tudo por mim e agradava a todos disse Juliana.
Wellington Campos Rodrigues
Wellington tinha 53 anos e era analista de sistemas terceirizado da Vale. Ele deixa três filhas, de 13, 20 e 25 anos.
Outras vítimas
Adriano Caldeira do Amaral
Carlos Roberto Deusdeti
Eliandro Batista de Passos
Fabricio Henriques da Silva
Flaviano Fialho
Moisés Moreira Sales
Robson Máximo Gonçalves
Willian Jorge Felizardo Alves
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