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TSE abre investigação contra Bolsonaro, Magno Malta e mais 7 por ataque às urnas

TSE abre investigação contra Bolsonaro, Magno Malta e mais 7 por ataque às urnas

Presidente também será investigado por  suposta distribuição ilegal de benefícios financeiros durante a eleição

Publicado em 14 de dezembro de 2022 às 20:47- Atualizado há 2 anos

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Presidente Jair Bolsonaro
Presidente Jair Bolsonaro. (Isac Nobrega / PR)

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, abriu nesta quarta-feira (14) duas investigações contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por ataques ao sistema de votação e suposta distribuição ilegal de benefícios financeiros durante o pleito. A coligação de Lula (PT) na disputa a presidente apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os dois pedidos de investigação por abuso de poder político e econômico.

Gonçalves considerou que as ações preenchem os requisitos para serem aceitas. O corregedor abriu prazo de cinco dias para os investigados apresentarem uma defesa. Além de Bolsonaro, a lista inclui filhos do presidente e o senador eleito pelo Espírito Santo, Magno Malta (PL).

As duas ações são Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes), e a equipe do petista apresenta como pedido final que os investigados sejam declarados inelegíveis.

O TSE costuma aceitar a abertura das investigações, mas a análise dos pedidos de maior impacto, como de perda de mandato ou do aval para disputar eleições, tem tramitação lenta e exige provas robustas.

Na ação que trata de "atos atentatórios" contra o sistema eleitoral, os advogados do petista afirmam que houve uso indevido dos meios de comunicação social e abuso de poder político.

Ainda dizem que os ataques ocorreram antes, durante e depois das eleições, e afirmam que Bolsonaro e seus aliados buscavam emplacar um "projeto de poder totalitário e autocrático a partir da corrosão da matriz existencial da democracia brasileira".

Os investigados

Nessa ação, serão investigados, além de Bolsonaro:

  • Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa derrotada de Bolsonaro; 
  • Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador;
  • Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal;
  • Carla Zambelli (PL-SP), deputada federal;
  • Bia Kicis (PL-DF), deputada federal;
  • Gustavo Gayer (PL-GO), deputado federal eleito;
  • Nikolas Ferreira (PL-MG), deputado federal eleito;
  • Magno Malta (PL-ES), senador eleito.

Ex-senador Magno Malta discursa em evento do governo federal, de entrega de casas populares em São Mateus
O senador eleito Magno Malta. (Alan Santos/PR)

O grupo coordenado por Bolsonaro, segundo a ação, teria difundido a "tese conspiratória" de que as urnas haviam sido violadas por hackers, que as eleições seriam fraudáveis e que haveria um grande conluio contra Bolsonaro.

A equipe de Lula argumenta no outro pedido, sobre suposto uso eleitoreiro de benefícios sociais, que Bolsonaro valeu-se da máquina pública para otimizar programas do governo "com o claro intuito de angariar votos e, portanto, influenciar na escolha dos eleitores brasileiros, de modo a ferir a lisura do pleito".

O corregedor aceitou investigar nesse caso Bolsonaro e Braga Netto.

A ação cita, entre outras medidas, "antecipação da transferência do benefício do Auxílio-Brasil e do Auxílio-Gás; aumento do número de famílias beneficiadas pelo Auxílio-Brasil; antecipação de pagamento de auxílio a caminhoneiros e taxistas; programa de negociação de dívidas com a Caixa Econômica Federal; liberação de FGTS futuro para financiar imóveis; anúncio pela Caixa Econômica Federal de crédito para mulheres empreendedoras; crédito consignado do Auxílio-Brasil".

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