O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tem enviado desde a tarde de segunda-feira (31) uma série de ordens judiciais às plataformas determinando a remoção de grupos de WhatsApp e Telegram com convocação para paralisações nas estradas e pedido de uso das Forças Armadas para um golpe militar.
Os ofícios pedem remoção de conteúdos "que incitem grave perturbação de ambiente democrático" e instiguem "à intervenção militar ou a aplicação desvirtuada do artigo 142 da Constituição".
Esses bolsonaristas não aceitam a derrota eleitoral do presidente para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e voltaram a citar esse artigo da Constituição para cobrar um golpe de estado pelas Forças Armadas.
Plataformas detectaram uma explosão no número de grupos de Telegram e WhatsApp desde segunda-feira (31) e estão bloqueando em massa.
Nas últimas horas, segundo informações das plataformas, foram criados dezenas de milhares de subgrupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) com nomes como Paralisação 1, 2, 3, Resistência Civil, e estão sendo bloqueados por causa das notificações judiciais do TSE.
Segundo informações do TSE, no início, o Telegram foi o principal aplicativo usado para as convocações, e, quando a empresa começou a bloquear grupos a pedido do tribunal, eles migraram para o WhatsApp, que passou a remover.
O YouTube também foi acionado pelo TSE para derrubar vídeos com convocação para as paralisações. O entendimento é o de que esse conteúdo viola a nova regra da plataforma, que desde segunda (31) passou a proibir conteúdo que "promova falsas alegações de que fraudes generalizadas, erros ou falhas ocorreram em determinadas eleições nacionais" também sobre o pleito de 2022, além das eleições de 2014 e 2018.
O TikTok também recebeu comunicação do TSE para remover vídeos convocando para paralisações de teor golpistas na quarta-feira (2).
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