BRASÍLIA - O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, determinou nesta segunda-feira (24) a remoção de publicações do deputado federal André Janones (Avante-MG) que acusam o presidente Jair Bolsonaro (PL) de ter apoiado o ataque a tiros de Roberto Jefferson (PTB) contra agentes da PF (Polícia Federal).
O ministro determinou que Janones deve pagar multa de R$ 100 mil por dia se voltar associar Bolsonaro ao ataque do petebista. Moraes atendeu a um pedido da campanha de Bolsonaro.
O chefe do Executivo argumentou ao TSE que o deputado fez uma série de publicações com informações falsas, "de forma vil e com o intuito de se aproveitar de uma situação abominável para angariar votos".
Em um dos posts, Janones disse que Bolsonaro saiu "em defesa" de Jefferson "após ele atirar contra policiais". Em outro, afirmou que o petebista é "um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro".
Moraes disse que as publicações tentam desinformar o eleitorado sobre a posição de Bolsonaro a respeito do ataque. "Em suas postagens, na data de hoje, Jair Messias Bolsonaro afirmou repudirar os atos criminosos cometidos", escreveu o ministro.
O aliado bolsonarista e político de extrema direita foi preso pela Polícia Federal depois de tentar resistir à ordem judicial, disparar mais de 20 tiros de fuzil e lançar duas granadas contra os agentes. Dois deles ficaram feridos, mas sem gravidade.
Bolsonaro e seu entorno tentaram ao longo do domingo (23) afastar da imagem do presidente e fazer do episódio um gesto de apoio a policiais.
O TSE adotou linha mais dura contras as fake news na reta final de campanha.
Apenas entre domingo (23) e segunda-feira (24), os ministros do tribunal vetaram a campanha de Bolsonaro de afirmar que Lula tem ligação com o tráfico, também derrubaram propaganda do chefe do Executivo no rádio que chama o petista de "ladrão".
Ainda mandaram as redes sociais removerem publicações que divulgavam a informação falsa de que Lula teria beijado crianças na boca.
Em outra decisão, o tribunal mandou derrubar dois sites criados pela campanha de Lula contra Bolsonaro, mas que não haviam sido registrados na Justiça Eleitoral.
Moraes ainda ainda mandou apagar das redes sociais de Simone Tebet (MDB) um vídeo em que ela chama Bolsonaro de pedófilo devido à fala do próprio presidente de que "pintou um clima" entre ele e meninas venezuelanas.
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