Na reunião ministerial de 22 de abril, tornada pública nesta sexta-feira (22), a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) fez duras críticas à ação de governadores e prefeitos favoráveis à manutenção do distanciamento social e, sem dar detalhes nem informar os demais como faria isso, disse que a sua pasta já estava pedindo a prisão de alguns governadores.
Segundo a ministra, idosos estariam sendo algemados e jogados dentro de camburões, mulheres estariam sendo jogadas no chão e padres estariam sendo multados em R$ 90 mil por estarem dentro das igrejas com fiéis.
"A maior violação de direitos humanos da história do Brasil nos últimos trinta anos está acontecendo neste momento, mas nós estamos tomando providências", diz Damares.
"A pandemia vai passar, mas governadores e prefeitos responderão processos e nós vamos pedir inclusive a prisão de governadores e prefeitos. E nós tamo subindo o tom e discursos tão chegando. Nosso ministério vai começar a pegar pesado com governadores e prefeitos", acrescenta.
A partir desse momento, a ministra passa a se referir ao governador do Piauí, Wellington Dias (PT). "O governador Wellington, agora, ontem, determinou que a polícia poderá entrar nas casas. Vocês não imaginam o que ele vai fazer! Poderá entrar na casa."
Nesse momento, Jair Bolsonaro pergunta: "Ele assina?".
"Assinou", responde Damares. "A polícia poderá entrar na casa sem mandato. Então, assim, as maiores violações estão acontecendo nesses dias. Então, nós estamos fazendo um enfrentamento, mais de cinco procedimentos o nosso ministério já tomou iniciativa e nós tamos pedindo inclusive a prisão de alguns governadores", afirmou, acrescentando, sem detalhes, que "governadores e prefeitos responderão processos."
Damares também reclamou que recebeu um governo sem dados, sem saber o número exatos dos ciganos e dos ucranianos que vivem no Brasil.
E criticou o STF por, segundo ela, ter trazido a questão do aborto de volta.
"Neste momento de pandemia a gente tá vendo aí a palhaçada do STF trazer o aborto de novo para a pauta", diz. "Será que vão querer liberar que todos que tiveram coronavírus poderão abortar no Brasil? Vão liberar geral?", afirmou.
Então, se dirige ao então ministro da Saúde, Nelson Teich, que acabou saindo do governo por discordar da diretriz de Bolsonaro.
"O seu ministério, tá lotado de feminista que tem uma pauta única que é a liberação de aborto. Quero te lembrar ministro, que tá chegando agora, este governo é um governo pró-vida, um governo pró-família. Então, por favor. E aí quando a gente fala de valores, ministro, eu quero dizer que nós estávamos sim no caminho certo. "
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