SÃO PAULO - A vereadora de São Paulo Erika Hilton (PSOL) protocolou uma representação no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitando que o órgão investigue a utilização de recursos públicos para a realização da motociata com o presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira (15), na capital paulista.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o reforço do policiamento para a manifestação terá um efetivo de mais de 1.900 policiais militares e vai custar R$ 1 milhão ao estado.
Com o nome de Acelera para Cristo, o ato reuniu motoqueiros portando bandeiras do Brasil e entoando gritos de apoio ao presidente. O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao Governo de SP, também participou da motociata.
O documento aponta que a utilização de recursos públicos está sendo realizada "para fins de promoção pessoal" do presidente e de Tarcísio, "o que pode configurar ato de improbidade administrativa".
O texto ainda afirma que "há indícios de lesividade ao patrimônio público e violação da impessoalidade" e pede que o órgão também investigue "eventual lesão ao patrimônio público do estado de São Paulo e adote providências diante da lesividade do erário no montante de R$ 1 milhão".
As motociatas em apoio ao presidente já custaram praticamente R$ 5 milhões aos cofres públicos, segundo levantamento realizado pelo jornal Folha de S.Paulo a partir de mais de 50 pedidos via Lei de Acesso à Informação.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta