Uma cratera se abriu no asfalto na marginal Tietê, na altura da ponte do Piqueri, zona norte de São Paulo, na manhã desta terça-feira (1°), bem ao lado da obra da linha 6-laranja do Metrô. A pista sentido Ayrton Senna foi completamente interditada para veículos. Ao menos dois trabalhadores tiveram que ser socorridos após terem tido contato com a água. Todos os funcionários conseguiram sair da obra em segurança, segundo os Bombeiros.
Imagens feitas por helicópteros da TV Globo registraram o momento em que parte da pista é engolida por cratera que se abriu.
A Secretaria de Transportes Metropolitanos afirmou, em nota, que, tão logo tomou conhecimento do incidente no poço de ventilação da linha-6 laranja do metrô, determinou o isolamento de todo o perímetro e enviou uma equipe para acompanhar a apuração da causa da ocorrência.
"Não há informações sobre vítimas. As causas do acidente serão apuradas, assim como a extensão dos danos à obra e às vias locais", disse.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente foi provocado por um erro na escavação com a máquina conhecida como "tatuzão", que teria atingido o rio Tietê ou uma adutora no local e a água inundou um túnel escavado.
Vídeos em redes sociais mostram a cratera alagada após o incidente desta manhã.
Com 15 quilômetros de extensão, a linha terá 15 estações e irá ligar a zona oeste à Brasilândia, bairro carente na zona norte. Por passar perto de grandes instituições de ensino superior na capital paulista, a linha ficou conhecida como "linha universitária".
A obra ficou famosa em 2010, quando uma moradora do Higienópolis, integrante de um grupo que protestava para impedir a construção de uma estação em seu bairro nobre, disse que o metrô levaria "gente diferenciada" à redondeza, se referindo a moradores de rua.
As obras foram retomadas em julho de 2020 após terem sido paralisadas em 2016 por rescisão do contrato com as construtoras envolvidas na Lava Jato no antigo consórcio formado por Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC.
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