Conteúdo investigado: Vídeo de cerca de nove minutos publicado no YouTube mostra uma sequência de imagens de manifestações e invasões para sugerir que eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estariam promovendo ilegalidades após o petista vencer as eleições. O conteúdo é acompanhado do título “Urgente! Eleitores do LULA já começaram a aterrorizar o Brasil. Cenas fortes”.
Onde foi publicado: YouTube e Gettr.
Conclusão do Comprova: É enganoso um vídeo que reúne 20 gravações de diferentes eventos para alegar que os eleitores de Lula estariam cometendo crimes em comemorações após a vitória do petista, eleito presidente no dia 30 de outubro.
O conteúdo, publicado pelo deputado federal eleito e apoiador de Jair Bolsonaro (PL), Gustavo Gayer (PL-GO), mostra imagens sem contexto e traz declarações falsas e enganosas em pelo menos nove das gravações utilizadas. Apenas um deles contém informações verdadeiras.
Principalmente por meio de busca reversa de imagens, do Google Maps e de contatos com instituições oficiais, o Comprova conseguiu identificar contexto, localização e data de metade dos vídeos mostrados por Gayer, que já foi alvo de outras desinformações checadas pelo Comprova. Não foi possível verificar as outras gravações.
Enganoso, para o Comprova, é todo conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.
Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. Até o início da tarde do dia 1 de novembro, o vídeo teve 739,5 mil visualizações, 111 mil curtidas e 13 mil comentários. A publicação foi excluída da plataforma logo depois. No Gettr, rede social criada pelo ex-assessor de Donald Trump, Jason Miller, e popular entre os apoiadores de Jair Bolsonaro, o vídeo teve 1,3 mil curtidas e 190 compartilhamentos até 8 de novembro.
O que diz o responsável pela publicação: Gustavo Gayer foi procurado por e-mail. Ao ser questionado se havia checado as informações publicadas, respondeu que “os vídeos são claros”.
Segundo Gayer, a intenção de postar o conteúdo foi “mostrar que o Brasil foi entregue ao crime organizado”. Um dia após ter publicado o vídeo, no entanto, o deputado federal eleito o excluiu da plataforma.
Como verificamos: O primeiro passo foi separar trechos do vídeo para facilitar a identificação de cada conteúdo a ser verificado. No total, das 20 gravações utilizadas por Gayer, o Comprova identificou o contexto de 10. O restante não foi possível verificar. Isso foi feito por meio de buscas reversas de imagem no Google Lens e pesquisas no Google utilizando palavras-chave relacionadas a cada trecho verificado.
Também falamos com Gustavo Gayer e com as assessorias de imprensa do PT e do Lula.
Os gritos contra a Polícia Militar, cantados por manifestantes pró-Lula e mostrados em um trecho do vídeo publicado por Gayer, não representam a opinião do presidente eleito nem de seu partido, como afirmou a assessoria do petista ao Comprova.
A assessoria de Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a mensagem sobre o presidente eleito e disse que “Lula não se colocou contra a PM”. Também afirmou que “Não existe nenhuma manifestação do presidente Lula favorável ao ‘fim da Polícia Militar’. Em nenhum momento a executiva nacional do partido mencionou esse tema”.
No plano de governo de Lula também não há nada contrário à Polícia Militar. Sobre as polícias e segurança pública, as medidas expressadas pelo petista aparecem nos itens de número 32, 33 e 35.
Conforme o documento, o governo pretende modernizar as instituições de segurança e os mecanismos de fiscalização e supervisão da atividade policial; implementar canais de escuta e diálogo com os profissionais da área e programas de atenção biopsicossocial; além de melhorar a qualificação técnica dos policiais e reformular os processos de seleção, formação e capacitação continuada.
Nas imagens compartilhadas por Gustavo Gayer há pessoas correndo e barulho semelhante a tiros. “Isso aqui foi hoje de manhã no Ceasa de São Paulo. Eles botaram fogo no Ceasa, estão saqueando as lojas. Esse é o Brasil do PT”, disse o parlamentar. No entanto, o fato não se deu em São Paulo, mas na Central de Abastecimento do Rio de Janeiro (Ceasa-RJ), principal centro de distribuição de alimentos do estado. O fogo ao qual o deputado federal eleito se refere é o incêndio ocorrido na unidade Grande Rio, localizada em Irajá, na Zona Norte da cidade.
Além disso, não há qualquer evidência da participação do Partido dos Trabalhadores ou de seus integrantes ou simpatizantes, nem indício de motivação política nos dois incêndios que atingiram a central. O primeiro deles ocorreu em 30 de outubro, no fim da manhã – portanto, antes do fim da votação. Por telefone, a assessoria de imprensa do Ceasa informou que o fogo começou na serralheria e atingiu três lojas vizinhas, especializadas na venda de materiais descartáveis. O local estava fechado e não havia ninguém no momento do incêndio.
O segundo ocorreu na manhã de 31 de outubro, às 9h, quando as lojas estavam abertas e o Ceasa funcionando. Duas lojas, que tinham por hábito deixar seus produtos expostos na calçada, foram saqueadas no começo do incêndio, quando comerciantes e clientes começaram a correr. O barulho que se ouve no vídeo analisado pelo Comprova é de tiros, pois, ainda segundo a assessoria do Ceasa, a polícia precisou intervir, disparando para o alto. “Muitas pessoas acompanhavam o trabalho dos bombeiros e da polícia, esperando para recomeçarem os saques. De repente, uma galera começou a gritar, de brincadeira, ‘Lula olê olê olá’, de ‘zoação’ mesmo. Acompanhamos tudo e podemos afirmar que a causa não é política”, afirmou, ao Comprova, o assessor do Ceasa, Alex Melo.
A Polícia Civil informou, por meio de nota, que o caso é investigado pela 27ª Delegacia de Polícia (DP) e até o momento não é possível determinar as causas do incêndio. “A perícia foi feita no local e agentes ouvem testemunhas e os proprietários dos estabelecimentos para esclarecer todos os fatos. A investigação está em andamento”, diz o texto.
No minuto 1’55”, um homem diz que uma manifestação pró-Lula acabou com uma senhora baleada em frente ao supermercado Carrefour.
A partir da pesquisa no Google pelas palavras-chave “senhora baleada” e “Carrefour”, o Comprova encontrou duas notícias sobre o caso, uma do G1 e outra da TV Tropical, veículo de comunicação do Rio Grande do Norte. Ambas as reportagens falam sobre uma mulher baleada em uma escadaria após um assalto no dia 30 de outubro, no bairro Candelária, na zona sul de Natal (RN).
A matéria da TV Tropical aponta que o crime aconteceu às margens da BR-101 e que a vítima estava parada no ponto de ônibus quando foi abordada por assaltantes. Antes de fugirem em uma motocicleta, eles efetuaram pelo menos um disparo, que acertou o braço da mulher. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e levou a vítima para o Hospital Walfredo Gurgel, em Natal.
De acordo com a reportagem da TV Tropical, a Polícia Militar foi acionada, fez buscas, mas ninguém foi preso. Em nenhum momento há menção a uma manifestação de eleitores de Lula.
Por meio de uma busca no Google Maps, foi possível confirmar que o crime ocorreu na escadaria que dá acesso ao supermercado Carrefour, próximo à BR-101, no bairro Candelária, em Natal.
Ao Comprova, a assessoria de comunicação da Polícia Militar do Rio Grande do Norte informou que não foi encontrado registro da ocorrência, mas que a parada de ônibus mostrada no vídeo fica a quilômetros de distância do local onde acontecia a comemoração dos apoiadores de Lula. “Se ocorreu, não foi onde era a festa, que acontecia no bairro Ponta Negra, bem longe mesmo“, afirmou em nota.
Conforme o Google Maps, a Avenida Salgado Filho, onde ocorreu o assalto, fica a cerca de 8,6 quilômetros de distância do bairro Ponta Negra.
O Comprova também procurou a assessoria da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, mas até a conclusão da verificação não houve retorno.
No minuto 3’19” do vídeo, Gustavo Gayer alega que um ônibus com eleitores de Lula teria parado em frente a um prédio, em São Paulo, e que os petistas teriam invadido o local em 31 de outubro deste ano. A mesma gravação foi publicada por outras contas no Twitter, no YouTube e no Reddit. O imóvel foi ocupado por integrantes da Frente de Luta por Moradia (FLM), mas não há evidência da relação dos ocupantes com o PT.
A partir dessas outras publicações, o Comprova entrou em contato com uma pessoa que comentou na publicação do Twitter dizendo conhecer a autora do vídeo. A equipe então contatou a responsável pela gravação, Letícia Gomez, pelo Instagram, mas a mensagem enviada pelo Comprova não foi visualizada. Em outra postagem do mesmo dia, na rede social, ela relata que excluiu o vídeo e decidiu postar novamente. “Independente de opinião política essa situação é triste para todos. Meu post não é sobre Lula e nem Bolsonaro”, justificou. Ela também relatou que a situação a assustou ainda mais por ter sido assaltada semanas antes da invasão.
O vídeo foi gravado na Avenida Santa Inês, em São Paulo. Ao buscar o endereço no Google Maps, é possível verificar que é o mesmo prédio que aparece no conteúdo de Gayer:
Pelo Google Maps, o Comprova encontrou uma pizzaria e um consultório de odontologia que ficam próximos ao edifício. À reportagem, os estabelecimentos confirmaram que houve uma invasão na madrugada de 31 de outubro.
Por telefone, a atendente do consultório, que fica em frente ao prédio ocupado, confirmou que, ao chegar ao trabalho naquele dia, viu a ocupação e informou que o prédio está há muito tempo abandonado, supostamente por algum problema de infraestrutura. A atendente ainda disse que há uma bandeira da FLM no local.
Assim, o Comprova entrou em contato com a FLM por e-mail, mas não obteve resposta até a finalização desta verificação. No Instagram do grupo há postagens (1, 2 e 3) que confirmam a relação do FLM com a ocupação do prédio.
No vídeo, Gayer mostra imagens de uma caminhonete vermelha indo para cima de um grupo de pessoas usando camisas do Brasil, no minuto 5’18”. Logo depois, as pessoas vão até a caminhonete e começam a bater no carro. Segundo o deputado eleito, as imagens seriam evidência da hostilidade contra eleitores de Bolsonaro, mas não é possível afirmar tal coisa.
Por meio da busca reversa de imagens, o Comprova encontrou um post no perfil do Facebook Jornal Marca, que afirma que o caso teria acontecido entre a Avenida João Franco e a Rua Francisco Sotel Cordeiro, no município de Contenda, no Paraná.
De acordo com a publicação, antes de avançar contra as pessoas na calçada, a caminhonete vermelha teve seu vidro traseiro quebrado por alguém em meio a um grupo insatisfeito com o resultado da eleição, que fez uma espécie de cerco no local. Este grupo, segundo o jornal, estaria abordando de maneira hostil veículos com bandeiras, adesivos ou adereços de Lula. A motorista alegou, conforme o Jornal Marca, que tentava fugir do cerco quando invadiu a calçada e seguiu com o carro na contramão.
O Comprova então procurou o endereço no Google Maps e pôde confirmar a existência do local. Nas imagens, é possível ver uma agência bancária e o cruzamento que aparecem no vídeo:
Procurada, a Polícia Militar do Paraná informou que o caso ocorreu no dia 30 de outubro, às 20h45, na Avenida João Franco, número 1, no centro de Contenda. Segundo a PM, uma equipe que estava próxima do local foi acionada pelo Centro de Operações Policiais Militares (Copom) para apurar depredações de veículos com adesivos de um candidato, que passavam na esquina do Banco Itaú.
Os policiais constataram a presença de mais de 100 pessoas no local e concluíram que não seria viável abordá-las. Ninguém se identificou como vítima. A equipe solicitou apoio da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), mas, devido a um temporal que se iniciou durante a movimentação, os presentes se dispersaram.
A PM ainda alegou que encaminhou o Boletim de Ocorrência (BO) à Polícia Civil do Paraná (PCPR) para providências. Ao Comprova, a PCPR informou que não foi notificada até o momento.
Em outra gravação utilizada por Gayer, no minuto 5’49”, pessoas em uma manifestação pró-Lula dizem que está acontecendo um arrastão e perguntam: “Vocês não vão fazer nada?”. Segundo o autor, as pessoas estariam falando com a Polícia Militar, sugerindo que o fato ocorreu depois do fim da votação, em 30 de outubro.
Buscando no Google pelos termos “arrastão em comemoração eleição”, obtivemos como um dos resultados matéria no Jornal da Cidade On-Line. O texto afirma que o suposto arrastão ocorreu no Marco Zero, em Recife (PE). Com ajuda do Google Maps, confirmamos se tratar da Praça do Marco Zero, na capital pernambucana.
Contudo, a Polícia Militar de Pernambuco negou ter havido arrastão. Por meio de nota, a PM informou que, na noite de 30 de outubro, a Companhia Independente de Apoio ao Turista (Ciatur) “registrou um desentendimento entre algumas pessoas nas proximidades do Paço Alfândega (um antigo shopping), no Bairro do Recife, que gerou correria, mas com a imediata intervenção da PMPE logo voltou ao normal”. “Não houve registro de arrastão, nem de ações generalizadas de vândalos”, reitera o texto.
O Comprova identificou, no processo de verificação, que o dono do Jornal da Cidade On-Line, o jornalista José Pinheiro Tolentino Filho, teve a quebra do sigilo fiscal e bancário determinado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, em 2021, junto com outros seis bolsonaristas, incluindo Allan dos Santos. A revista Veja mostrou que, de acordo com os senadores da CPI, os envolvidos teriam recebido recursos públicos para emitir posicionamentos favoráveis ao presidente Bolsonaro em ações de enfrentamento à pandemia. Tolentino foi apontado pela comissão como protagonista na divulgação de conteúdos falsos na internet. Na época, seus advogados tentaram barrar a quebra de sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF), mas a ministra Cármen Lúcia manteve a decisão dos senadores.
Conteúdos desinformativos publicados pelo jornal de José Pinheiro Tolentino Filho já foram alvo de verificações do Comprova anteriormente.
Gayer alega que nas imagens que se iniciam no minuto 6’09” os eleitores de Lula teriam atacado e ofendido pessoas dentro de uma igreja em Brasília, no dia 30 de outubro, data do segundo turno das eleições.
Uma busca reversa feita pelo Google Lens com um frame do vídeo não encontrou resultados.
Ao Comprova, a Arquidiocese de Brasília informou que não recebeu nenhuma denúncia e que, pelo vídeo, é possível afirmar que não se trata de uma igreja católica.
A partir do minuto 6’35”, o vídeo mostra diversas pessoas armadas em uma festa. Neste momento, Gayer diz que “o narcotráfico também está celebrando”.
O mesmo conteúdo já foi desmentido pelo Estadão Verifica, em checagem publicada no dia 1º de novembro. Conforme o veículo, as imagens da comemoração com tiros para o alto não têm relação com a eleição de Lula, uma vez que já circulavam nas redes sociais antes do encerramento da votação.
O vídeo foi postado no Twitter na manhã do dia 30 de outubro, às 08h37, pelo perfil @CpxDaPenhaCpxD2. Segundo a postagem, trata-se de um baile da facção criminosa Comando Vermelho (CV) em comemoração ao título do Flamengo na Libertadores, conquistado no dia anterior, sábado, 29, em um jogo contra o Athletico-PR.
Ainda conforme o post, o vídeo teria sido gravado no “Complexo do Corte 8”, em referência à comunidade Corte Oito, no Complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. No vídeo publicado pelo @CpxDaPenhaCpxD2 é possível ver algumas pessoas vestindo a camiseta do time e parte de uma bandeira listrada nas cores vermelha e preta.
No vídeo verificado, Gayer mostra imagens do deputado José Guimarães (PT-CE) atrás de Lula enquanto o presidente eleito discursava após a vitória no pleito. O autor do vídeo então afirma que Guimarães teria sido preso “com dinheiro na cueca”.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o caso que ficou conhecido como o dos “dólares na cueca” não envolveu José Guimarães diretamente. Em 2005, um assessor do petista, José Adalberto Vieira da Silva, foi flagrado no Aeroporto de Congonhas carregando US$ 100 mil na cueca e mais R$ 209 mil em uma maleta.
Em agosto de 2021, a Justiça Federal declarou a prescrição do caso. De acordo com O Globo, o processo tramitava na Justiça Federal do Ceará porque o ministro do STF Luís Roberto Barroso declarou incompetência da corte para julgar o assunto.
Guimarães é filiado ao PT desde 1985 e foi presidente do partido no Ceará entre 1991 e 2000. Ele também foi coordenador das campanhas de Lula à Presidência da República em 1989 e em 2002. O político foi reeleito para seu quinto mandato como deputado federal nas eleições deste ano e atualmente é um dos vice-presidentes do PT.
No dia 30 de outubro, o site O Antagonista classificou como falsa a declaração do humorista Danilo Gentili no Twitter de que Guimarães teria sido pego com dinheiro na cueca.
Em 2019, o Estadão Verifica e a Aos Fatos comprovaram que José Guimarães não foi flagrado com dinheiro na cueca nem preso.
É verdade que a redação do Jornal Nacional comemorou a vitória do presidente eleito Lula. Em nota enviada ao Comprova, a Rede Globo disse que a empresa conta com “cerca de 15 mil colaboradores, entre os quais 1500 profissionais que atuam no jornalismo”.
“A empresa evidentemente não tem nem pretende ter qualquer controle sobre escolhas eleitorais de cada um desses profissionais, nem sobre como manifestam essa preferência em caráter privado. No entanto, a Globo lamenta que, no ambiente de trabalho, um pequeno grupo tenha, por alguns instantes, esquecido a necessária e habitual prática de autocontenção, em respeito à norma e aos nossos princípios editoriais”, explicou a emissora em nota
Na gravação, aparecem os profissionais, majoritariamente vestidos de branco, comemorando o resultado do 2º turno na redação do JN, o que levou os internautas a questionarem se a comemoração era, de fato, da eleição de Lula, ou se era celebração de ano novo.
Por que investigamos: Comprova investiga conteúdos suspeitos que viralizam nas redes sociais sobre eleições presidenciais, políticas públicas do governo federal e a pandemia. No contexto das eleições no Brasil, conteúdos de desinformação envolvendo os dois nomes que disputaram a presidência da República no segundo turno, Bolsonaro e Lula, circulam na internet levando o eleitor a uma percepção distorcida em relação à atual gestão e ao próximo governo.
Outras checagens sobre o tema: A AFP Checamos e a Lupa já verificaram outras peças de desinformação que tentam associar, de forma enganosa, manifestações à vitória de Lula.
Em checagens recentes envolvendo o petista, o Comprova mostrou que plano de governo de Lula não propõe medidas como nova CPMF, tributação do PIX e congelamento da poupança, que é falso que Lula tenha usado ponto eletrônico no debate da Globo e que torcida do Vasco não recebeu Lula e Paes com xingamentos; nenhum dos dois estava no estádio.
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