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Vítimas de queda do avião da Voepass não sentiram dor, diz diretor-geral do IML

Vítimas de queda do avião da Voepass não sentiram dor, diz diretor-geral do IML

Pela velocidade da queda - o avião perdeu 3.300 metros de altitude em um minuto - e pela forma como a aeronave atingiu o solo, não houve sequer tempo para sentir dor, afirma o especialista

Publicado em 14 de agosto de 2024 às 08:34

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Os passageiros do avião modelo ATR 72-500 da Voepass, que caiu em Vinhedo (SP), na última sexta-feira (9), não sentiram dor no momento do acidente. A maioria dos 62 passageiros morreu de politraumatismo por causa do impacto da aeronave no chão.

"Não há condição de sentir dor, porque a morte é instantânea", diz Vladimir Alves dos Reis, diretor-geral do IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo. O politraumatismo, é caracterizado, como indica o nome, por múltiplos traumas no corpo.

Investigadores do Cenipa em área em Vinhedo (SP) com destroços da aeronave da Voepass que caiu na última sexta feira (9)
Investigadores do Cenipa em área em Vinhedo (SP) com destroços da aeronave da Voepass que caiu na última sexta feira (9). (FAB/Divulgação)

Pela velocidade da queda -o avião perdeu 3.300 metros de altitude em um minuto- e pela forma como a aeronave atingiu o solo, não houve sequer tempo para sentir dor, afirma o especialista.

No sábado (10), o capitão Michael Cristo, porta-voz do Corpo de Bombeiros, afirmou que os corpos das vítimas estavam sentados nos respectivos assentos. "Lógico que tem a dinâmica da queda, do movimento quando bate no solo, mas as vítimas estão dentro da aeronave."

Determinar se as pessoas estavam conscientes, no entanto, não é possível, segundo o Alves dos Reis, do IML. O avião já estava em uma altura considerada baixa para haver uma diferença tão aguda de pressão atmosférica e temperatura. Por fim, não há exame que possa ser feito para determinar quem estaria ou não consciente, aponta o médico legista.

A perda de consciência ocorreu, com certeza, no acidente entre o Boeing 737-800 da Gol e um jato executivo Legacy, a 11 quilômetros de altura no norte de Mato Grosso. "E a essa altura, ele estava pressurizado, perdeu pressurização, avalia-se e entende-se que as pessoas morreram", diz Alves dos Reis.

A explicação do médico legista corrobora a declaração da Polícia Científica de São Paulo, como mostrou reportagem da Folha. Ao finalizar o trabalho de necropsia, a superintendência do órgão afirmou que a maior parte, sem dúvida, havia morrido por politrauma. Consequentemente, com a explosão da aeronave, alguns corpos foram atingidos por chamas.

"Se você analisar altura, velocidade [da queda], o local e as condições dos corpos, a a morte foi instantânea", diz Alves dos Reis, do IML.

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