O jornal americano The Washington Post publicou nesta terça-feira (14) um texto editorial que classifica a postura do presidente Jair Bolsonaro diante da crise do coronavírus como de longe, o caso mais grave de improbidade entre todos os líderes mundiais.
O jornal coloca Bolsonaro ao lado do presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, que recomendou saunas e vodca contra o vírus, do Turcomenistão, que proibiu o uso o termo coronavírus no país, e da Nicarágua, que não é visto há mais de um mês e ainda mantém em atividade as ligas esportivas.
O texto de opinião assinado pelo conselho editorial do veículo americano tem como título Líderes arriscam vidas minimizando o coronavírus. Bolsonaro é o pior.
Quando as infecções começaram a se espalhar em um país de mais 200 milhões de habitantes, o populista de direita disse que o coronavírus causa uma gripezinha e instou os brasileiros a enfrentar o vírus como um homem, caramba, não como um menino. Pior, o presidente tentou repetidamente minar as medidas tomadas pelos 27 governadores estaduais do país para conter o surto, diz o The Post, citando as ações do presidente Bolsonaro diante da crise.
O jornal ainda citou a campanha O Brasil não pode parar e as discordâncias públicas entre Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, como exemplos de condutas erráticas do presidente brasileiro, classificadas como tendo um efeito sinistro nos índices de infecção e de mortos no Brasil pela covid-19.
No fim do editorial, o periódico americano incentiva o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a telefonar para Bolsonaro e incentivar o brasileiro a voltar atrás na retórica e apoiar medidas de contenção recomendadas por profissionais de saúde, assim como o próprio Trump mudou de conduta quando ao coronavírus nas últimas semanas.
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