O advogado Frederick Wassef, que defendeu o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das "rachadinhas", foi alvo de uma queixa por injúria racial. Segundo o boletim de ocorrência, Wassef teria chamado de "macaca" uma funcionária da franquia Pizza Hut, em Brasília. O episódio teria ocorrido no último domingo (8).
Na noite dessa quinta (12), Wassef afirmou que foi vítima de "denunciação caluniosa" e prestou queixa no 5º Distrito Policial do Distrito Federal. "São mentiras, isso é um crime de denunciação caluniosa e o Brasil foi induzido ao erro por tais mentiras", afirmou, em vídeo.
À Polícia, a funcionária do Pizza Hut relatou que foi chamada de "macaca" após Wassef reclamar que a pizza "não estava boa". Ele chegou a questionar se a funcionária havia comido a pizza, e funcionária respondeu que não. Wassef então teria dito em voz alta: "Você é uma macaca! Você come o que te derem!".
A funcionária então diz a Wassef que ele "não é melhor do que ninguém" e que foi o único cliente a reclamar da pizza. O advogado rebateu dizendo: "De onde eu venho, serviçais não falam com o cliente". O gerente do estabelecimento teria acompanhado o episódio e foi listado como testemunha.
Wassef era responsável pela defesa de Flávio Bolsonaro nas investigações que miram peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete do senador quando ele era deputado estadual no Rio. Ele deixou o caso após a prisão do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, localizado pela Polícia Civil de São Paulo em sítio de propriedade de seu escritório, em Atibaia (SP).
No início da noite, Wassef divulgou vídeo em que afirma ter feito um boletim de ocorrência contra a funcionária do Pizza Hut, a quem disse "não ser negra" e estar sendo "orientada e treinada por terceiros" para difamá-lo.
"Eu sou vítima do crime de denunciação caluniosa", afirmou. "Trata-se de uma fraude arquitetada para destruir minha imagem e reputação".
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