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Wizard não aparece e CPI pede condução coercitiva e apreensão de passaporte

Wizard não aparece e CPI pede condução coercitiva e apreensão de passaporte

Empresário é apontado como membro do "gabinete paralelo", para assessoramento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia de Covid-19

Publicado em 17 de junho de 2021 às 11:37

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O empresário Carlos Wizard Martins, presidente da rede de ensinos Wizard, a maior franquia do país, com 2 mil franqueados, durante entrevista onde fala sobre a trajetória de sucesso da rede, empreendedorismo, mercado de fraquias, em Campinas (SP).
Empresário Carlos Wizard não compareceu à CPI da Covid. (Jorge Araujo/Folhapress)
Amanda Pupo e Daniel Weterman

Diante do não comparecimento do empresário Carlos Wizard para falar à CPI da Covid, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), anunciou, nesta quinta-feira (17), que a comissão vai solicitar que Wizard seja conduzido de forma coercitiva para depor ao colegiado. A Justiça também será oficiada para que a Polícia Federal (PF) apreenda o passaporte do empresário, que está nos Estados Unidos. O documento só deverá ser devolvido após Wizard prestar o depoimento à CPI.

"Oficiaremos juiz criminal para que requisite autoridade policial para apresentação da testemunha ou determinar que seja conduzido por oficial de Justiça, que poderá requisitar auxílio da força pública. Além disso, que seja oficiada a Justiça Federal para que o passaporte seja retido pela Polícia Federal, e somente seja devolvido após prestação de depoimento", comunicou Aziz.

O empresário é apontado como membro do "gabinete paralelo", para assessoramento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia de Covid-19

DEPOIMENTO ADIADO

A reunião da CPI marcada para esta quinta-feira também previa o interrogatório do servidor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Marques, apontado como participante da inclusão, no sistema do TCU, de documento que minimiza o número de mortos na pandemia de Covid-19. No entanto, em razão da votação prevista no plenário da Casa da medida provisória que abre caminho para privatização da Eletrobras, o depoimento do auditor foi adiado.

Aziz criticou Wizard pelo não comparecimento à CPI, principalmente pelo fato de o empresário ter solicitado no Supremo Tribunal Federal (STF) uma proteção para seu testemunho, que foi concedida pelo ministro Luís Roberto Barroso. Na quarta-feira (16), Barroso permitiu que Wizard ficasse em silêncio durante a oitiva.

"O que me espanta é um cidadão procurar HC para vir à CPI ficar em silêncio e ele não aparecer, então para que foi ao STF se não vinha? O ministro Barroso com certeza tem muitos afazeres, concede um HC para Wizard, e ele tem que entender que a Justiça brasileira tem outras coisas pra fazer, não dá pra levar na brincadeira o STF", disse o presidente da CPI. "Às 7h, a secretaria da CPI recebeu pedidos dos advogados para audiência sobre redesignação da data. É uma brincadeira dele, né? Uma data combinada para ele vir, é uma autoridade", ironizou Aziz.

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