Publicado em 16 de fevereiro de 2020 às 07:14
Não faltou emoção no Sambão do Povo no último dia de desfiles do Carnaval de Vitória. Desde sambas-enredos que fizeram o público chorar, a problemas em carros alegóricos e atrasos, as escolas do Grupo Especial trouxeram muito brilho e diversidade para o público.
A MUG e a Boa Vista vem fortes na briga pelo título deste ano. A Mocidade Unida da Glória se destacou com fantasias e carros alegóricos luxuosos. Já o samba-enredo da Boa Vista não deixou ninguém parado. As duas escolas saíram do Sambão do Povo como favoritas.
Já a briga para o rebaixamento ao Grupo de Acesso deve ficar entre Imperatriz do Forte e São Torquato. As duas escolas atrasaram para entrar na avenida e tiveram problemas com carros alegóricos.
Abrindo o desfile, a Unidos da Piedade veio com um enredo que contava a história dos Franciscos. Entre eles, Francisco de Assis, Chico Xavier e Chico Buarque.
Fortes emoções marcaram o desfile da escola na avenida. Uma integrante da agremiação, a primeira porta-bandeira Laily Rosado, passou mal e precisou ser retirada do Sambão do Povo. Além disso, a escola teve que se apressar no final para não ultrapassar o tempo máximo.
A bateria da Piedade, que estava vestida de São Francisco de Assis, foi destaque no desfile. A famosa paradinha ganhou o público. Apesar dos problemas que teve, a escola cumpriu bem o papel de abrir o desfile.
Com o enredo sobre os costumes e lendas da África, a Jucutuquara trouxe um baú para avenida logo na comissão de frente. O objeto se abria para "contar histórias", e chamou a atenção do público.
A escola, porém, teve problema com o último carro alegórico, que quebrou e soltou bastante fumaça, assustando quem estava na arquibancada. Um desfile bonito, porém com erros.
A MUG, que já entrou forte no Sambão do Povo, confirmou estar na briga pelo título. A escola trouxe um enredo que retratou os índios capixabas. As fantasias e carros alegóricos extremamente luxuosos foram o destaque da MUG. Além disso, a comissão de frente, muito bem coreografa, levantou o público.
A MUG ultrapassou o tempo do desfile em quatro minutos, encerrando com 1 hora e 6 minutos de duração. Isso gerou correria na dispersão. Uma das alegorias perdeu o controle no fim do desfile e quase atingiu um dos integrantes. O susto porém, não tirou o brilho da escola, que foi uma das favoritas da noite.
A quarta escola a desfilar, a Boa Vista, sem dúvidas, foi a escola que mais empolgou o público com o samba-enredo. Os foliões cantaram e dançaram ao som da escola, que retratou os músicos capixabas.
A comissão de frente, que trouxe o cantor Jeremias Reis, vencedor do The Voice Kids, levou o público ao delírio. O músico foi aclamado por onde passou.
Com um enredo em homenagem aos 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, a Novo Império buscou interagir bastante com o público. A escola jogou bolas e algodão doce para os foliões e entrou na avenida com o local iluminado pelos celulares de quem assistia o desfile.
A bateria, que já é bastante tradicional, levantou quem estava na arquibancada. Apesar das fantasias estarem bem coloridas, eram bem simples e sem muito luxo. Poucos componentes sabiam o samba, várias alas passaram na avenida sem cantar. A escola teve que correr no final e ultrapassou o tempo máximo de desfile, que é de 62 minutos.
A Imperatriz do Forte já entrou na avenida com 11 minutos de atraso. As alas estavam desorganizadas e tinha integrante ainda vestindo a roupa. O mister Espírito Santo, André Feitas, que era destaque da Imperatriz do Forte, não desfilou porque a fantasia não ficou pronta.
A escola trouxe o enredo sobre a Rota Imperial, com um carro abre-alas azul, de cavalos marinhos. Porém, o carro acabou batendo na concentração e ficou danificado. Como o próprio diretor da escola disse, a escola vai brigar para não cair para o Grupo de Acesso.
O Sambão do Povo já estava vazio quando a Independentes de São Torquato entrou na avenida, às 5h30, com o enredo "Busca pela felicidade". Última escola a desfilar pelo Grupo de Acesso, a São Torquato entrou na avenida com 8 minutos de atraso. O carro abre-alas entrou sem acabamentos e com problemas, levando muitos integrantes da escola ao choro.
Um dos carros alegóricos da São Torquato não ficou pronto a tempo e a escola entrou com um carro a menos. Apesar de tantos problemas, a escola invadiu o Sambão do Povo cheio de energia. Era possível ver foliões emocionados e cantando alto o samba-enredo da escola. Os erros, porém, vão fazer com que a escola brigue para não cair, junto com a Imperatriz do Forte.
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