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Imperatriz do Forte vai representar a cultura africana no Sambão do Povo

Imperatriz do Forte vai representar a cultura africana no Sambão do Povo

De volta ao Grupo Especial, a agremiação do Centro de Vitória aposta em enredo que celebra a cultura, saberes e a tradição afro-brasileiras

Publicado em 17 de fevereiro de 2025 às 14:45

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Carnaval
Imperatriz do Forte retorna neste ano ao Grupo Especial do Carnaval de Vitória . (Ricardo Medeiros)
Gabriela Maia
Estagiária / greis@redegazeta.com.br

No carnaval deste ano, a Imperatriz do Forte vai encerrar o desfile das escolas do Grupo Especial, que se apresenta no sábado (22), no Sambão do Povo. A agremiação vai levar o enredo "Só quem sabe onde é Luanda, saberá lhe dar valor", numa homenagem à cidade africana, capital de Angola, mostrando na avenida as riquezas da região. 

A Imperatriz é heptacampeã do Carnaval de Vitória e, no ano passado, voltou à elite das escolas de samba ao ganhar o desfile do Grupo de Acesso. Agora, a verde e branco aposta neste enredo que celebra a cultura e saberes de Luanda, e que vai destacar a tradição, além de mostrar um lado diferente dos livros de história.

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Vamos levar esses saberes constituídos nesta parte de África, e que eles não foram afogados no mar na travessia do Atlântico

Elídio Netto
Diretor de carnaval da Imperatriz do Forte
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O diretor de carnaval Elidio Netto revela que o desfile vai ressaltar a força da cultura negra, do continente africano ao Brasil, e também no Espírito Santo. “Em um setor, a gente traz essa ideia de Espírito Santo que carrega essa tradição dos mestres e a importância da manifestação popular”, destaca.

Dividido em 20 alas, o desfile da escola vai contar com 1200 componentes, três alegorias e 1 tripé. A apresentação vai trazer relatos históricos sobre o país em quatro setores que vão dar vida ao enredo da agremiação. “São sete regiões e a gente traz um pouquinho do relato histórico sobre Angola” explica.

Elídio conta ainda que os setores também vão retratar o Mar da Calunga e representar as realezas do Congo e Matamba, que existiam na região antes do período de colonização. O diretor de carnaval acrescenta que um dos destaques da escola é a alegoria que vai representar a força feminina. “Esse carro traz uma potência das mulheres pretas, que lutam e são guerreiras", frisa. 

Além disso, outro elemento que vai chamar a atenção dos foliões, segundo a agremiação, é o tripé que vai fazer um tributo à cultura popular e aos artistas que mantêm esta tradição. “A gente vai trazer a cultura popular no nosso Estado, os grandes mestres da cultura para homenageá-los na cena do carnaval”, destaca.

Elídio relata que a escola está com uma nova gestão e se reestruturando para o seu retorno à elite do carnaval. “É sempre difícil uma escola que vem do Grupo Acesso, e chega no Grupo Especial, desejando a vitória imediatamente", pondera. Entretanto, o diretor de carnaval chama a atenção para o potencial de uma agremiação composta por uma equipe jovem e que busca orientação nas pessoas mais antigas da escola.

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São meninos com menos de 30 anos, que não têm medo de arriscar, ousar e fazer o que querem. Eu acho que tem uma importância muito grande

Elídio Netto
Diretor de carnaval da Imperatriz do Forte
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Ficha técnica

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